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CDS/PP Madeira diz que é tempo de acabar com brincadeira na política regional

07 dez, 2024 - 23:32 • Lusa

Para José Manuel Rodrigues, que é também o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, apesar desta ser uma quadra de "paz, concórdia e solidariedade", a Madeira vive na "retoiça (brincadeira) política - para usar uma palavra muito madeirense".

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O líder CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, defendeu este sábado ser necessário acabar com a "retoiça" e a irresponsabilidade política, considerando que o Parlamento Regional não pode ser transformado num tribunal.

"Não podemos ignorar o que se passa na política madeirense, que foi tomada pela irresponsabilidade política", disse o líder centrista madeirense no jantar de Natal do CDS-PP Madeira, num restaurante em Câmara de Lobos.

Para José Manuel Rodrigues, que é também o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, apesar desta ser uma quadra de "paz, concórdia e solidariedade", a Madeira vive na "retoiça (brincadeira) política - para usar uma palavra muito madeirense".

"Há mais de um ano que andamos de eleição em eleição, de jogo político em jogo político, de disputa partidária em disputa partidária, esquecendo os problemas dos madeirenses e porto-santenses. Está na altura de acabar com esta retoiça política", enfatizou.

Para Rodrigues, é altura de "apelar à responsabilidade dos partidos políticos e dos governantes" da região.

Segundo o líder centrista insular, "parece mesmo haver na política da Madeira uma competição ver qual o partido e qual o político mais irresponsável e qual o partido que tem menos bom senso".

O responsável do CDS-PP/Madeira argumentou que o Chega apresentou uma moção de censura ao Governo Regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, num requerimento, no qual "basicamente o que faz é dizer que o presidente do Governo [Regional] atual é arguido e suspeito numa investigação".

O "Parlamento da Madeira não se pode substituir à justiça"

José Manuel Rodrigues acrescenta que "em nenhum dos fundamentos dessa moção de censura - cuja discussão está agenda para 17 de dezembro - está dito que o Governo Regional] está a governar mal, que existe uma crise económica", baseando-se apenas no "libelo acusatório contra o presidente do Governo Regional da Madeira".

"O Chega prepara-se para deitar abaixo, com o apoio da esquerda, um Governo que está legitimado eleitoralmente porque o seu presidente do governo é suspeito judicialmente", argumentou.

Mas questionou: "Como se compreende que [o Chega] dê palmas, rejubile com a eleição de Donald Trump, que já foi várias vezes condenado em tribunal?".

Para o líder centrista insular, "a Assembleia Legislativa da Madeira não pode ser transformada num tribunal. Aqui, o que é da política é do parlamento, aquilo que é da justiça é dos tribunais".

Adiantou que o "Parlamento da Madeira não se pode substituir à justiça", defendendo que é por essa razão que o partido vai votar contra a moção de censura.

Também criticou a postura do PS/Madeira, que, depois de ter votado contra o adiamento da discussão da moção de censura, anunciou hoje que vai votar contra o Orçamento Regional para 2025, que começa a ser discutido na segunda-feira.

"Os madeirenses estão fartos de eleições e fartos de irresponsabilidade"

No jantar que reuniu, segundo a organização mais de 200 militantes, simpatizantes e amigos do partido, José Manuel Rodriques salientou que apoia o Orçamento Regional.

"Não é possível que partidos responsáveis votem contra o orçamento que vai permitir um aumento de 65 euros no salário mínimo; que vai permitir um aumento do complemento para os idosos; que vai permitir medicamentos gratuitos para quem recebe o complemento solidário; que vai permitir um salário para os jovens licenciados; que vai permitir uma redução de impostos quer no IRS quer no IRC e a manutenção da taxa mínima do IVA; e que vai, também, estabelecer a atualização das diárias para instituições particulares de solidariedade social", argumentou.

O presidente dos centristas na Madeira opinou que, "se não houver este orçamento, estas medidas não podem entrar em vigor".

Rodrigues apelou ao sentido de responsabilidade de todos os partidos, no sentido de negociarem com o Governo Regional do PSD para ser viabilizado um orçamento para o próximo ano, que é "essencial aos cidadãos, às famílias e às empresas".

"Os madeirenses estão fartos de eleições e fartos de irresponsabilidade. Os madeirenses querem estabilidade. Em vez de maledicência querem negociação. Em vez de crispação querem essa mesma negociação e diálogo. Os partidos precisam de entender que não podemos continuar a andar nesta retoiça política de eleição em eleição a cada seis meses. Isto é irresponsabilidade, é brincar aos partidos, é brincar às eleições e é não ter respeito pela vontade que o povo transmitiu no dia 26 de maio", reforçou.

Em 22 de novembro, o Governo Regional entregou na Assembleia Legislativa as propostas de Orçamento para 2025, no valor de 2.611 milhões de euros (ME), e de Plano de Investimentos, orçamentado em 1.112 ME, os valores "mais elevados de sempre".

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