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PSD Madeira vai exigir eleições antecipadas se oposição derrubar o executivo minoritário

07 dez, 2024 - 23:18 • Lusa

O líder do PSD/Madeira e do executivo insular considerou que, apesar do clima de "paz social e progresso", a oposição quer "deitar o governo abaixo para arranjar confusões e tramar a vida dos madeirenses".

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O líder do PSD Madeira e do executivo regional minoritário disse hoje que o partido vai exigir eleições antecipadas se a oposição derrubar o governo e mostrou-se confiante numa nova vitória dos social-democratas, que governam a região desde 1976.

"Nós estamos preparados para ser julgados pelo povo madeirense, nós não temos medo das eleições. Quem está com medo das eleições é a oposição. Um dia diz uma coisa de manhã, outra à tarde, outra à noite e outra depois da meia-noite. Andam a brincar com o povo madeirense", declarou Miguel Albuquerque.

O social-democrata falava no jantar de Natal do PSD/Madeira, no Funchal, que, segundo a organização, contou com presença de cerca de mil militantes, no qual apelou também à unidade do partido.

"Nós somos um partido de liberdade, toda a gente pode falar, mas por favor não cuspam no nosso prato", pediu.

O líder social-democrata colocou, no entanto, o foco do discurso na possibilidade de o seu executivo cair, face ao eventual chumbo do Orçamento da região para 2025 e à aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega. .

"Se a oposição deitar o governo abaixo, nós vamos exigir eleições e vamos às eleições para ganhar", realçou.

A discussão da proposta de Orçamento decorre entre segunda e quarta-feira no parlamento regional e, uma semana mais tarde, no dia 17 de dezembro, será discutida e votada a moção de censura.

O Orçamento não tem aprovação garantida, sendo que o PS, o maior partido da oposição regional, com 11 deputados, e o Chega já anunciaram o voto contra.

Já a moção de censura, a confirmarem-se as intenções de voto divulgadas, será aprovada pelo Chega, PS, JPP e IL, que juntos têm maioria absoluta.

O parlamento da Madeira conta ainda, além do PSD, com o CDS-PP e o PAN.

"Nós não temos medo da voz do povo", declarou Miguel Albuquerque, num discurso várias vezes aplaudido pelos militantes, para logo acrescentar: "Nós queremos afirmar mais uma vez a Madeira como um farol de progresso, de estabilidade, de liberdade, de democracia, mas democracia é cumprir e respeitar a voz do povo, não é estar a pedir eleições todos os meses".

O líder do PSD/Madeira e do executivo insular considerou que, apesar do clima de "paz social e progresso", a oposição quer "deitar o governo abaixo para arranjar confusões e tramar a vida dos madeirenses", o que considera não fazer sentido, pois nas eleições antecipadas de maio "o povo escolheu novamente o PSD para governar".

"A oposição pensa que com estas jogadas de deitar o governo abaixo vai alcançar o poder. Estão muito enganados. Nós estamos preparados para todos os cenários e é bom que pensem antes de atuarem", avisou, reforçando que a população "precisa de um Orçamento aprovado".

"Eles que deitem o governo abaixo. Nós vamos para eleições e vamos ganhar e o povo vai-lhes mostrar quem manda na Madeira", enfatizou.

Albuquerque disse também ser fundamental o partido manter-se unido, numa alusão a alegadas tensões internas decorrentes da crise política.

"É fundamental que o nosso partido, para defesa da Madeira, para defesa das novas gerações da Madeira, continue a existir como um corpo unido, como um corpo uniforme de combate", declarou, acrescentando: "Os nossos adversários não estão aqui dentro. Nunca estiveram. Estão fora".

"Esta direção, e eu próprio, quer continuar a promover a unidade dentro do nosso partido", reforçou.

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