09 dez, 2024 - 19:54 • Redação
Depois de o presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, ter defendido novas eleições o mais depressa possível na Madeira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que não se pode pôr “o carro à frente dos bois”.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que é necessário esperar pela moção de censura da próxima semana e ouvir os partidos, antes da eventual convocação de novas eleições na Madeira.
No dia em que o orçamento regional foi chumbado, o Presidente da República afirma que não se pode pôr “o carro à frente dos bois”.
“Por um lado, é preciso esperar pela votação da moção de censura e depois o que dizem os partidos ao senhor representante da República na Madeira”, disse o chefe de Estado.
“O senhor representante da República tem de receber os partidos, depois falará comigo se for caso disso e depois eu logo verei exatamente o que os partidos dizem ao senhor representante da República e só depois disso é que eu, eventualmente, receberei os partidos”, sublinha.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas nos Países Baixos, onde o Presidente da República está em visita oficial.
O governo de Miguel Albuquerque vai enfrentar na p(...)
Esta segunda-feira à tarde, Miguel Albuquerque defendeu que, se for aprovada a moção de censura na Madeira, a única solução é nova ida a eleições o mais depressa possível.
“Se for necessário, vamos para eleições e vamos ganhar as eleições”, declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas na Assembleia Legislativa da Madeira, depois de o orçamento para 2025 ter sido rejeitado.
O governante assegurou que não se demite até à discussão da moção de censura apresentada pelo Chega, cuja discussão está agendada para 17 de dezembro e deverá ser aprovada se os partidos mantiverem as suas intenções de voto.
Nas reações políticas, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, considera que a Madeira vive “uma crise em contínuo”, que continuará enquanto Miguel Albuquerque e o PSD estiverem à frente do Governo Regional.
A líder bloquista realçou que “metade do Governo Regional é arguida ou está a ser investigada por casos de corrupção, por casos de abuso de poder, por casos de cumplicidade com crimes económicos e com abuso económico”.