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Portugal não vai repatriar 1.243 refugiados sírios, mas sem decisão sobre futuro

11 dez, 2024 - 19:14 • Manuela Pires , com redação

Primeiro-ministro não se compromete com pedidos de novos migrantes sírios, na sequência da queda do regime de Assad.

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Portugal não vai fazer regressar à Síria os 1.243 refugiados que vivem no país, após a queda do regime de Bashir Al-Assad. A garantia foi dada esta quarta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no debate preparatório do Conselho Europeu.

“Assumiremos a integração e acolhimento destes 1.243 refugiados", declarou o chefe do Governo

Há países na União Europeia que estão a colocar em espera o processo de atribuição de vistos a cidadãos sírios, como é o caso da Áustria, Alemanha, França, Bélgica ou Itália, após o regime de Assad ter sido derrubado por grupos rebeldes.

Nas declarações desta quarta-feira na Assembleia da República, o primeiro-ministro não foi tão taxativo em relação aos pedidos de acolhimento de novos migrantes sírios.

“Assumiremos a integração e acolhimento destes 1.243 refugiados. Relativamente à suspensão ou não, nós teremos de a contextualizar e quero partilhar aqui de forma aberta que, se houver numa evolução no sentido de se irem fechando as portas de outros Estados-membros da União Europeia, a pressão sobre Portugal pode aumentar.”

Sobre o reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Portugal, o primeiro-ministro afirma que, para já, não vai acontecer, mas diz que o que se passa na Faixa de Gaza é “deplorável”.

“Nós ainda não defenderemos o reconhecimento do Estado da Palestina, estamos muito comprometidos com um caminho que passa por um cessar-fogo imediato, um cessar das hostilidades, as garantias de respeito pelo direito humanitário, o que se passa em Gaza é do ponto de vista humano é intolerável, mas entendemos que, do ponto de vista político, o caminho que devemos trilhar é o da afirmação dos dois Estados. Ainda há espaço para o percorrer”, sublinha.

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