13 dez, 2024 - 11:44 • Cristina Nascimento
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, abriu esta sexta-feira o XXII congresso do PCP reconhecendo “dificuldades” do partido, mas garante que não estão a “enterrar a cabeça na areia”.
“Temos consciência plena das nossas dificuldades, certamente não faremos sempre tudo bem, e estamos longe de enterrar a cabeça na areia”, disse Raimundo durante a intervenção que se prolongou por cerca de uma hora.
O líder comunista destacou que o ponto de partida é a “realidade partidária que temos” e não ”a que gostaríamos de ter” que determinam “medidas que se impõem para ultrapassar insuficiências e avançar”.
Por diversas vezes no seu discurso, Paulo Raimundo pediu ação concreta aos militantes, nomeadamente na divulgação da mensagem do partido, reforço de quadros e reforço da intervenção junto dos trabalhadores e do povo.
“Temos um Partido de que nos orgulhamos, valorizamos a intervenção abnegada deste grande coletivo, mas queremos mais. Os trabalhadores, o povo e a juventude precisam do seu Partido ainda mais forte”, reforçou.
O secretário-geral comunista considerou ainda que há uma “ofensiva
anticomunista” em curso que, segundo Raimundo, “se intensificou desde o último
Congresso”.
Depois de uma leitura da situação internacional, na qual Raimundo reforçou críticas à União Europeia e à NATO como forças que apoiam a guerra, Paulo Raimundo dedicou ainda parte da sua intervenção aos adversários políticos.
Raimundo começou por considerar que “os primeiros meses
deste Governo confirmam o aprofundamento da política de direita”, acusando
depois o PS de ser “cúmplice” na aprovação de um “Orçamento que empobrece a
vida aos pobres e enriquece a vida aos ricos”.
O congresso do PCP reúne mais de mil delegados até domingo, no Complexo Municipal de Desportos, em Almada.
[notícia atualizada às 12h14]