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​PCP reúne-se em congresso com autárquicas na mira

12 dez, 2024 - 22:12 • Cristina Nascimento

Trabalhos arrancam com a exibição de um vídeo que passa em revista os últimos quatro anos, desde o último congresso que aconteceu em plena pandemia. Mais de mil delegados vão eleger novo Comité Central que, se for aprovada a proposta em cima da mesa, será mais pequeno, mais jovem e vai continuar a incluir Jerónimo de Sousa.

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Começa esta sexta-feira o XXII congresso do PCP. Até domingo mais de mil delegados do partido vão estar reunidos no Pavilhão Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”.

O último congresso do PCP realizou-se em 2020, em plena pandemia, ainda Jerónimo de Sousa era secretário-geral. Paulo Raimundo assumiu o cargo em 2022 e este será o seu primeiro congresso como secretário-geral comunista.

Não estando em causa mudanças de líder, o congresso vai eleger um novo Comité Central.

O congresso do PCP acontece numa altura crítica para o partido. Não tanto do ponto de vista financeiro, dado que as contas do PCP continuam equilibradas, nem do ponto de vista interno, dado que Paulo Raimundo tem sido bem acolhido nas suas novas funções.

O assunto mais sensível será os resultados eleitorais que o PCP tem tido e que inquietam os dirigentes e os militantes, isto numa altura que se aproximam as eleições autárquicas. Aliás, será de esperar recados internos para essa corrida eleitoral.

Sobre a nova composição do Comité Central, se for aprovada a proposta em cima da mesa, existirá alguma renovação, saem 28 pessoas, entram 25 novos nomes. A média de idades baixa, sendo o elemento mais novo uma estudante de 23 anos e o elemento mais velho Jerónimo de Sousa, que tem 77 anos.

Nota ainda para a saída de alguns nomes mais conhecidos, como por exemplo a antiga deputada Alma Rivera, 33 anos, e a antiga eurodeputada Ilda Figueiredo, 76 anos.

Seis sessões (uma privada) e tudo com streaming no site

Mais de mil delegados de todos os pontos do país, incluindo as ilhas, são esperados neste congresso. Ao longo das últimas semanas, as várias estruturas do partido têm elegido os delegados que vão ter poder de voto. As regras indicam uma proporção na ordem de um delegado por cada 60 membros do partido.

Nas Teses, documentos preparados nos últimos meses com as matérias que vão estar em discussão, lê-se que o partido tem atualmente mais de 47 mil militantes, menos cerca de dois mil do que há quatro anos.

Além dos delegados, estarão presentes também convidados nomeadamente representantes de outros partidos, sendo que o PCP convidou apenas pessoas dos partidos com quem mantém relação bilateral – a saber, o PS, PSD, Bloco de Esquerda, Livre e Partido Ecologista Os Verdes – ficando de fora o Chega, CDS, a Iniciativa Liberal e PAN.

Os trabalhos começam às 10h30 desta sexta-feira e vão arrancar com um vídeo que passará em revista os últimos quatro anos do partido, ou seja, incluindo os anos da pandemia, a mudança de secretário-geral e a redução da bancada parlamentar.

Ao longo dos três dias, está prevista a realização de seis sessões, uma delas à porta fechada. Será nessa sessão que os delegados vão votar a proposta da nova composição do Comité Central.

Todas as sessões públicas têm transmissão em direto garantida no site do PCP-

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