14 dez, 2024 - 18:18 • Cristina Nascimento
“Paz Sim, Guerra Não”. As palavras de ordem fazem-se ouvir muitas vezes nas iniciativas do PCP, e o congresso não foi exceção.
O partido procura ir deixando inequívoco que é pela paz, seja no Médio Oriente, seja na Ucrânia, seja em qualquer geografia. Porventura, pesará o que o partido já assumiu. Quando a Rússia invadiu a guerra na Ucrânia, a comunicação do partido terá falhado e o partido não terá feito tudo ao seu alcance para diminuir perceções erradas.
A Renascença quis saber o que pensam os delegados no congresso.
“Eu acho que a nossa posição foi sempre clara, tínhamos era que ler o que estava lá verdadeiramente escrito”, começa por dizer Elsa Paixão.
Questionada sobre se o problema terá sido uma mensagem que não foi bem recebida, Elsa não assina por baixo.
“Não, numa situação destas que não começou naquela altura em concreto, em que a Rússia, invadiu, digamos assim, a Ucrânia, que tem muitos anos de história para trás, a gente não podia dizer só ipsis verbis ‘estamos contra isto’, tivemos que pôr os pontos nos i's”, justifica.
Deixamos Elsa à espera de um café na zona exterior do Complexo Municipal de Almada onde decorre o congresso e puxamos conversa com outra delegada.
Margarida Chalupa reconhece que “o partido pode sempre fazer alguma coisa diferente” e que é para ver o que corre menos bem que estão no congresso, para “discutir e continuamos a tentar perceber como passar a mensagem, não só nesse assunto, mas em vários assuntos”. No entanto, Margarida acha que a questão da comunicação “não é uma questão isolada.
Ao pé de Margarida está Madalena Castro. O que precisa o partido fazer para, de uma vez por todas, clarificar o que o PCP defende sobre a Guerra na Ucrânia?
“Talvez um esforço constante e coletivo de melhorar a comunicação e às vezes é sentarmo-nos com os nossos amigos, colegas, colegas de trabalho e discutir coisas política, questões internacionais, questões nacionais, tentarmos ao máximo ser o mais claro que consigamos em relação a tudo o que acontece no mundo”, sugere.