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César traça perfil do próximo Presidente da República: alguém que transmita “confiança, equilíbrio e segurança”

18 dez, 2024 - 22:45 • Susana Madureira Martins

Presidente do PS avisa partido para ano “muito trabalhoso” e para um populismo que “tanto mora no facilitismo da negação, como no desvario da promessa”.

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O presidente do PS, Carlos César, classifica as eleições presidenciais de 2026 como “sensíveis” e traça desde já o perfil do próximo Presidente da República. Esse lugar, diz, tem de ser ocupado por alguém que transmita “confiança, por outro lado equilíbrio” e “segurança no desenvolvimento do regime democrático”.

As características do futuro candidato à Presidência da República apoiado pelo PS incluem ainda que essa pessoa assegure o “prestígio” do país, pede o dirigente socialista, numa altura em que a única certeza é que o PS irá apoiar um candidato da sua área política.

No jantar de Natal do grupo parlamentar do PS, que decorreu no refeitório dos frades da Assembleia da República, César admitiu que 2025 será um ano “especialmente trabalhoso” para o partido e exige “especial competência e rigor”, tendo em conta que “há perigos que contaminam a ansiedade” dos partidos da oposição.

Uma dessas “ansiedades”, segundo o presidente do PS é a do “excessivo facilitismo” na intervenção política. Para César o populismo “tanto mora no facilitismo da negação, como no desvario da promessa”, pedindo: “É preciso honrar a nossa palavra”, com o dirigente socialista a pedir ao partido “um alto sentido de responsabilidade”.

É isso que o PS tem feito, reconhece César, e a discussão do Orçamento do Estado foi “bom exemplo disso”. A estratégia para o sucesso do partido é mostrar que se opõe “com coragem e com rigor” naquilo em que se opõe. A capacidade e a credibilidade de um partido como o PS, diz César, depende “das razões pelas quais diz não e da coragem com que também sabe dizer sim”.

Ou seja, o presidente do PS, numa altura em que o partido se vê acusado pelo Governo de estar colado ao Chega tem de assumir exatamente as suas opções tal como elas são.

“Prosseguir com a coragem de dizer não e com a coragem de dizer sim, independentemente das nossas companhias”, resume César, sejam elas de direita, extrema-direita ou de esquerda.

A “grande novidade” não é se o PS esteve ao lado deste ou daquele partido. A “novidade” para César é quando o PSD e o Chega “se juntam” nos Açores e “estão juntos a favor da política de um governo, mostrando que estão pelas mesmas razões e não por razões diferentes”.

César salienta ainda que o PS “não se confunde nem nunca se confundiu nem com os devaneios à sua esquerda nem com os perigos que chegam da extrema direita”, acusando o PSD de se ter “escondido” no processo que conduziu ao 25 de Novembro e de agora ter uma “coligação de facto” com o Chega e com a extrema-direita.

É ainda pedido por César combate para a ”atenuação das desigualdades”, combate aos extremismos e às “soluções radicais”, num ano que, diz, será “marcado” pela realização de eleições regionais na Madeira, eleições autárquicas e as tais eleições “sensíveis” que são as presidenciais.

Comentários
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  • ze
    19 dez, 2024 aldeia 08:53
    será que estarão a pensar no engenheiro?..........

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