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PSD chumba o orçamento de Almada para 2025 e rompe coligação com o PS

20 dez, 2024 - 22:44 • Manuela Pires

Ao fim de sete anos de coligação, o PSD chumbou o orçamento apresentado pelo executivo liderado por Inês de Medeiros. Durante a reunião da assembleia municipal, o PSD acusou a autarca de não aceitar as propostas feitas pelos social-democratas.

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O PSD rompeu o acordo de coligação que tinha com o PS na Câmara de Almada, e vai votar contra o orçamento municipal para 2025, foi anunciado na assembleia municipal desta sexta-feira.

O líder do PSD Almada explicou que o motivo que levou o partido a rasgar o acordo que vigorava há sete anos é a falta de reciprocidade na gestão da câmara e como exemplo dá a redução de impostos.

“Estivemos sete anos a fazer cedências ao PS. Foi em nome da estabilidade, mas de nada vale se não pudermos trabalhar pelas pessoas. As propostas do PSD são sempre ignoradas ou atrasadas. Quatro exemplos: redução da taxa de IMI para 0,30%; habitação para jovens; requalificação dos mercados municipais; uso de tecnologia avançada na limpeza urbana”, disse Paulo Sabino, o presidente do PSD Almada.

Outra razão apontada pelo PSD para rejeitar o orçamento municipal é o excesso de impostos e taxas e uma despesa “com trabalhadores bem superior à média nacional (38% do orçamento).

Durante a reunião da assembleia municipal, a presidente da câmara de Almada Inês de Medeiros criticou o PSD acusando a nova direção do partido em Almada de não ter entregado qualquer contributo para o orçamento municipal.

“Para poder assumir compromissos, é preciso que haja sequer propostas de compromisso. O que aconteceu este ano, que foi uma originalidade, depois da proposta do Orçamento ter sido feita, o PSD foi convidado e eu própria telefonei ao líder do PSD a dizer, não querem vir debater connosco o Orçamento, não vieram e entregaram-nos uma proposta de alteração depois da proposta agendada para a reunião de Câmara”, afirmou.

Paulo Sabino, o líder do PSD Almada, contou, na reunião desta noite, que enviou um documento com as propostas do partido às quais receberam resposta “negativa a todas as propostas”.

“O PSD não entregou as propostas já depois do orçamento estar fechado. A senhora é que achou que ele estava viabilizado sem antes negociar com o partido que desde 2017 lhe tem dado todas as condições para governar Almada”, disse Paulo Sabino.

Segundo o pacote de medidas que o PSD apresentou para o orçamento de 2025, a que a Renascença teve acesso, o partido propõe a Criação e promoção de parque de empresas de Almada, a descida de impostos como a derrama, “a criação de fogos habitacionais para jovens e a execução da ampliação Escola Presidente Maria Emília, inserida no orçamento de 2024, e que nunca foi concretizada”, lê-se no documento.

O PSD propunha ainda, na higiene e limpeza urbanas, “a criação de centros de recolha seletiva de lixo e monos, com sistema de autotransporte e a utilização de água tratada das ETAR do concelho para limpeza das ruas”.

Na reunião desta noite Paulo Sabino justificou a decisão de votar contra o orçamento municipal pelo facto de o PS ignorar as propostas do PSD e de a proposta apresentada “ser uma desilusão”.

“O PSD vai votar contra este orçamento e, por estranho que pareça, foi a senhora que tomou esta decisão, porque ignorou as nossas propostas, porque desvalorizou os interesses dos almadenses e porque o fez sem ter um rumo alternativo”, afirmou.

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