20 dez, 2024 - 18:45 • Filipa Ribeiro
Com o calendário de 2024 quase ultrapassado, a Iniciativa Liberal (IL) começa a definir o caminho para os próximos anos. No horizonte estão as eleições presidenciais e o líder do partido já definiu que, a ter um candidato próprio, a IL "deve apresentar uma cara não muito conhecida".
Aos jornalistas, numa iniciativa para balanço de 2024, Rui Rocha esclareceu que nem o próprio, nem o eurodeputado João Cotrim de Figueiredo, irão apresentar candidaturas. "Eu porque decidi que não quero e o Cotim de Figueiredo porque a IL tem uma característica que é apresentar caras novas em todas as eleições", disse.
Quanto aos potenciais candidatos que têm estado na ordem do dia, o presidente da IL reforça que o partido não se revê em nenhum dos nomes comentados. Rui Rocha deixou ainda a nota para os nomes que ainda estão a exercer funções públicas que era "desejável que renunciassem e apresentassem a sua candidatura".
Mais perto estão as eleições autárquicas e nos corredores começam as conversas sobre eventuais coligações. Rui Rocha focou a atenção na Câmara Municipal de Lisboa, para sublinhar que, se for "para fazer igual", não faz sentido a Iniciativa Liberal juntar-se à candidatura do PSD.
O líder dos liberais admite sentar-se para conversar se a intenção na capital for "fazer diferente" dos últimos anos. Rui Rocha esclarece que não tem "nenhum anátema, nem resistência a Carlos Moedas", mas que, se "se for para fazer igual, o que faz sentido é o PSD apresentar-se e ser julgado pelo que fez". Rui Rocha avisa que "se for para ter uma conversa com a IL tem que ser para fazer diferente".
Quanto a objetivos para as eleições autárquicas no próximo ano, Rui Rocha puxou do lema do partido "sempre a crescer", apontando ambições concretas para a moção de estratégia que vai defender na Convenção da IL, agendada para o primeiro fim de semana de fevereiro. Onde Rui Rocha é recandidato à presidência do partido e terá como opositor Rui Malheiro, atual líder do movimento "Unidos pelo Liberalismo".
Rui Rocha espera ter "nas próximas horas" mais esclarecimentos do Governo sobre a ação policial desta quinta feira no Martim Moniz.
Para o líder da Iniciativa Liberal, é necessário compreender se houve denúncias de ameaças à segurança que justificam a ação de ontem ou se se tratou de uma mera "ação de propaganda".
"Se não havia nem denuncias nem ameaças nem perigos identificados, e se foi uma mera ação de propaganda ou manobra de diversão, então eu só posso condenar aquela ação, porque eu não quero cidadãos seja eles quem forem sujeitos a excessos policiais. Eu quero segurança em Portugal, não quero forças de segurança instrumentalizadas e como instrumento de ação de propaganda do Governo", afirmou.
Num olhar sobre o ano de 2024, Rui Rocha voltou a defender a posição do partido em ter optado por se apresentar nas legislativas fora de coligações e criticou o executivo da AD sublinhando que "não se pode Governar só para sindicatos e pensionistas".