27 dez, 2024 - 09:26 • João Malheiro
José Aguiar-Branco defende a revisão do estatuto dos titulares de cargos políticos para resolver "incompatibilidades excessivas".
Em entrevista ao semanário "Expresso", o presidente da Assembleia da República acha que estas incompatibilidades levam a que "haja uma situação de recrutamento muito difícil".
O responsável máximo pelo Parlamento defende, igualmente, uma valorização salarial "realista" e evitando um debate "demagógico".
"É inadmissível que se faça uma discriminação de que só quem tem fortuna pode fazer política. É uma discriminação inaceitável”, considera.
José Aguiar-Branco vai mais longe e descreve esta discriminação como uma espécie de "feudalismo" que tem de ser evitado para dar lugar a "quem tenha mérito na sociedade".
Nesta entrevista, o presidente da Assembleia da República afirmou que a "perceção de insegurança, de uma forma dispersa é uma realidade", não querendo comentar em maior detalhe as ações policiais em bairros que ganharam maior visibilidade nas últimas semanas.
Sobre as Presidenciais do próximo ano, Aguiar-Branco espera que o sucessor de Marcelo Rebelo de Sousa seja alguém que continue a trazer consensos nas principais áreas - Educação, Saúde e Justiça.