29 dez, 2024 - 17:41 • Fábio Monteiro
As imagens – divulgadas nas redes sociais e pelos órgãos de comunicação – da Operação da PSP no Martim Moniz, há pouco mais de uma semana, chocaram muitos portugueses e provocação indignação.
Há dois dias, Luís Montenegro afirmou estar"atónito" e "perplexo" com as reações negativas. Este domingo, contudo, parece já ter mudado (parcialmente) de opinião.
Em entrevista ao “Diário de Notícias”, o primeiro-ministro diz que não gostou de ver as imagens da megaoperação policial. Todavia, defende que não havia alternativa e que os direitos dos cidadãos foram salvaguardados.
“Aquilo que me assaltou à vista foi de facto uma imagem, uma imagem que não é positiva, não é uma imagem agradável, claro que é. Não vi ali nenhum desrespeito pela dignidade das pessoas e, repito, não tendo falado com ninguém, aquilo que me pareceu foi que estávamos na presença de uma medida de operacionalidade que não tinha alternativa”, afirma.
A nova tomada de posição de Montenegro surge após dias de silêncio e múltiplas de críticas da oposição.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, reagiu na rede social “X”.
Aí, além de lembrar o historial do PS no campo da segurança, acusa a direita de achar que “uma rusga ocasional, desproporcional e sem resultados relevantes é a chave para a segurança dos portugueses”.
E avisa ainda: “Tendo este governo recebido uma herança reconhecidamente positiva nesta área, como já referido por diversas vezes pelo Primeiro-Ministro, se a insegurança se agravar nos próximos anos, tal será da responsabilidade do Primeiro-Ministro e do seu governo.”
Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, reagiu com ironia às palavras do líder do PS também no "X".
"O Relatório Anual do Instituto de Economia e Paz 2023 diz que somos o 7 país mais pacífico do mundo mas desce pelo 3 ano seguido e está na sua pior posição desde 2015.
PNS é de gargalhada! Os socialistas perderam a vergonha! Não mudaremos de rumo: primeiro as pessoas!", escreveu.
[Notícia atualizada às 19h20.]