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PAN espera que Montenegro ouça "recados" de Marcelo sobre solidariedade institucional

02 jan, 2025 - 00:10 • Lusa

Inês Sousa Real espera que, neste momento, o Presidente "não deixe de pressionar um governo da sua cor política" no sentido de "melhorar a vida das pessoas".

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A porta-voz do PAN espera que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ouça os "recados do Presidente da República" quanto à necessidade de solidariedade institucional, que defendeu dever ser alargada ao parlamento.

"Sentimos que os recados que Marcelo Rebelo de Sousa deu hoje mesmo ao primeiro-ministro apelando a uma maior colaboração institucional é um recado que deve ser ouvido por Luís Montenegro", disse Inês Sousa Real, em conferência de imprensa, na sede do partido em Lisboa.

Para a deputada única do PAN, a colaboração institucional de que o Presidente da República falou na sua mensagem de Ano Novo, transmitida hoje, "não se deve esgotar na Presidência da República, deve ser também alargada à Assembleia da República, ao parlamento".

Só assim, sustentou, o apelo à estabilidade feito pelo Presidente da República "pode traduzir-se de facto numa ação governativa" de "um governo minoritário" que melhore a vida das pessoas, com impactos nas áreas do acesso à habitação, na educação, no combate à pobreza e às alterações climáticas.

"Nesse sentido, é fundamental que Marcelo Rebelo de Sousa garanta que a sua magistratura de influência enquanto Presidente da República não se esgota em meras palavras", disse.

Afirmando que o chefe de Estado "conduziu duas vezes o país a eleições" quando o Governo era de uma cor política diferente da sua (PS), Inês Sousa Real disse esperar que, neste momento, o Presidente "não deixe de pressionar um governo da sua cor política" no sentido de "melhorar a vida das pessoas".

Na sua mensagem de Ano Novo, a partir do Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa alertou para a necessidade de solidariedade institucional e cooperação estratégica em 2025, que garanta que o país tem estabilidade e previsibilidade no ano que hoje começa.

"Precisamos que o bom senso que nos levou a reforçar a solidariedade institucional e até a cooperação estratégica entre órgãos de soberania, nomeadamente Presidente da República e primeiro-ministro, prossiga, e que nos levou também a aprovar os orçamentos 2024 e 2025, continue a garantir estabilidade, previsibilidade e respeito cá dentro e lá fora", afirmou.

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