05 jan, 2016 - 01:13
A Coreia do Norte seria o último país que visitaria como chefe de Estado, afirma Edgar Silva, o candidato presidencial apoiado pelo PCP.
“Seria o último lugar do mundo onde eu pensaria fazer uma visita de Estado”, garantiu Edgar Silva num debate com Sampaio da Nóvoa, esta segunda-feira, na TVI24.
O candidato assegura que, se for eleito, terá sempre em consideração os direitos humanos de qualquer país, quer seja a Coreia do Norte ou outro qualquer.
“Em relação a todas as situações de atentados aos direitos humanos, ainda por cima que tenham a força de uma decisão das Nações Unidas, eu não hesitarei, enquanto Presidente da República, em tudo fazer para estar na linha da frente da causa dos direitos humanos, sejam esses problemas nos Estados Unidos, na Coreia do Norte, em Angola ou em Itália”, declarou.
Questionado sobre o que faria perante a eventual necessidade de enviar tropas portuguesas para conflitos no estrangeiro, o candidato presidencial Sampaio da Nóvoa não colocou entraves, mas considerou que essa deve ser a última opção.
“Em último dos últimos recursos se pode admitir a possibilidade de uma intervenção militar e isso, a ser feito, deve ser sempre no quadro do Direito internacional”, defendeu o antigo reitor da Universidade de Lisboa.
Sampaio da Nóvoa considera que a aposta para resolução de conflitos deve passar, primeiro, pela “diplomacia, informações, intervenção económica” e “último dos últimos recursos, as acções militares”.
“A guerra, normalmente, só traz mais guerra, não traz mais paz, mas sempre dentro do quadro dos nossos compromissos e do Direito internacional”, salientou o candidato presidencial no debate com Edgar Silva.
As eleições presidenciais estão marcadas para 24 de Janeiro.