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Marisa Matias promulgaria rectificativo, mas Edgar Silva vetaria à primeira

07 jan, 2016 - 07:29

O último ensaio balístico da Coreia do Norte também entrou no debate, com o candidato apoiado pelo PCP a defender “uma cultura de paz”, sem se alargar nos comentários.

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Os candidatos presidenciais apoiados pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista Português esclareceram, num debate na quarta-feira à noite, as suas posições sobre o Orçamento rectificativo, com Marisa Matias a admitir a promulgação a posteriori e Edgar Silva o veto.

"Se a Assembleia da República se pronunciasse num determinado sentido", a eurodeputada bloquista saberia "muito bem que caberia ao Presidente promulgar" o diploma.

"É preciso uma Presidente que se bata pelo país, que o defenda em todos os momentos, mesmo os mais difíceis", defendeu.

Já o antigo deputado regional madeirense vincou que poderia optar por reenviar o orçamento rectificativo ao Parlamento, apesar de ter afirmado, noutra altura que, dadas as circunstâncias, viabilizaria o documento.

Edgar Silva considera uma "injustiça clamorosa obrigar cidadãs e cidadãos de Portugal a despejar mais dinheiro na falência de um banco para tentar salvar a actividade especulativa e toda a actividade perversa".

"Mas, numa situação extrema, que poderes tinha o Presidente que não, em última instância, viabilizar este orçamento rectificativo? Demitia-se ou dissolvia a Assembleia da República?", questionou, invocando o "sentido de responsabilidade".

No debate que decorreu pela RTP, os dois candidatos mostraram posturas divergentes também no que toca às suas candidaturas. Marisa Matias considera que ambas partilham "todas as questões relacionadas com os direitos do trabalho, do combate à precariedade, dos direitos das crianças", mas Edgar Silva diz que aqueles pontos são os distintivos entre ambos.

A actualidade internacional entrou no debate via Coreia do Norte. Confrontado com as notícias de um teste nuclear por parte do regime comunista, o candidato apoiado pelo PCP defendeu que o Presidente da República "deve ter, no plano internacional e no quadro das Nações Unidas, uma intervenção muito veemente na defesa de uma cultura de paz", pelo "desarmamento e crítica violenta da lógica belicista", citando os casos de Irão ou Estados Unidos.

"Não vejo que seja um privilégio [exclusivo] da Coreia do Norte", limitou-se a afirmar sobre a sua opinião de o regime liderado por Kim Jong-un ser ou não ditatorial, enquanto Marisa Matias afirmou tratar-se de "uma ditadura que ataca o seu povo".

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