11 jan, 2016 - 20:58
Marcelo Rebelo de Sousa garantiu esta segunda-feira que, se for eleito Presidente da República, tudo fará para aprovar o Orçamento do Estado para 2016.
Numa acção de campanha no Instituto Politécnico de Castelo Branco, o candidato apoiado por PSD e CDS garante que, se ganhar as eleições de dia 24, fará "o possível e o impossível para viabilizar o Orçamento do Estado".
Marcelo Rebelo de Sousa recorda que, enquanto líder do PSD, deu luz verde a Orçamentos dos Governos do socialista António Guterres.
"Se eu o fiz em condições que eram muito menos graves para o país, como líder da oposição, nesta altura era a pior altura para ter uma crise política, a somar a uma crise orçamental, a somar a uma situação económica de crise, com o contexto internacional que nos rodeia", sublinha.
Segundo mandato?
O candidato prefere "pecar por omissão" e não assumir nesta altura o compromisso de, caso seja eleito Presidente da República, fazer um só mandato de cinco anos.
Durante a sessão pública no auditório do Instituto Politécnico de Castelo Branco, na fase de resposta a questões da assistência, Marcelo Rebelo de Sousa foi instado a esclarecer se tinha prometido ou não fazer um só mandato presidencial.
O social-democrata respondeu que, "em rigor", nunca disse isso, apenas fez referência ao "sistema que há noutros países, que é de um só mandato presidencial mais longo". Marcelo considerou que "seria prematuro" fazer agora essa promessa, antes de ser eleito e de exercer o cargo .
"Eu prefiro pecar por omissão assumindo o mínimo de compromissos relativamente a um eventual mandato presidencial do que pecar por excesso", acrescentou, alegando que "as promessas" que agora faça podem vir a "colidir com aquilo que será a evolução económica, social e política do país".
No seu entender, a possibilidade de o Presidente da República fazer dois mandatos leva os portugueses a pensar que "quem exerce o primeiro mandato, a partir de um determinado momento desse mandato, se pensar em recandidatar-se, é determinado ou condicionado por esse pensamento", o que "não é bom".
Marcelo Rebelo de Sousa não quis, contudo, afastar para já um segundo mandato.
"Em rigor, eu não poderia dizer isso dessa forma, porque acho que é uma decisão, primeiro, que supõe que seja eleito pelos portugueses - não se pode pôr o carro à frente dos bois. Em segundo lugar, supõe que uma decisão dessas nunca seja tomada antes de perto do fim do mandato", justificou.
O antigo presidente do PSD argumentou que ninguém consegue prever o que vai acontecer nos próximos cinco anos: "O que são cinco anos? Ninguém sabe. Nós assistimos a coisas nos últimos meses e anos que não imaginaríamos. O que será Portugal, a Europa e o que será o mundo daqui a dois, três, quatro cinco anos? Portanto, seria prematuro".
Este segundo dia de campanha ficou ainda marcado por um momento musical, durante uma visita à Casa da Infância e Juventude de Castelo Branco.
O Orfeão de Castelo Branco fez uma surpresa ao candidato e Marcelo mostrou os seus dotes de cantor.