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Marcelo acredita que eleitores já sabem se vão votar e em quem

12 jan, 2016 - 13:52

Durante a sua campanha o candidato disse acreditar que será possível chegar a um acordo sobre as 35 horas semanais.

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O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa está convencido de que “as pessoas já têm na cabeça o voto” e não o vão mudar até ao dia das eleições, a 24 de Janeiro.

No terceiro dia de campanha, durante um passeio a pé para contacto com a população no centro de Portalegre, Marcelo disse aos jornalistas ter a teoria de que “é muito importante esta proximidade mas, em rigor, não caça votos nenhuns”.

“As pessoas já têm na cabeça o voto - ou o voto ou o não voto, mas eu espero que o voto - que vão depositar. À distância de dez, nove, oito dias, já ninguém muda de voto”, considerou.

Questionado sobre a confiança que os portugueses têm relativamente à situação do país, o antigo líder do PSD disse achar que “há um desanuviamento ligeiro nas pessoas”.

“Comparando com aquilo que foi a experiência do contacto há um, dois, três anos, estão ainda a ver onde é que param as modas, mas acho-as com um bocadinho de esperança”, afirmou.

Na sua opinião, as pessoas “acreditam que talvez se possa sair da crise. Com cuidado, mas acreditam”, frisou.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que, em 2012, 2013 e ainda em 2014, as pessoas diziam: “Isto não está nada bem, não sei como é que vai ser, pode ser que sim, mas vai demorar muito tempo”.

“Agora sente-se que talvez acreditem que não demore tanto tempo”, acrescentou.

Depois do passeio a pé, o candidato visita o Lar da Santa Casa da Misericórdia e o hospital de Portalegre, seguindo ao final da tarde para o Funchal.

35 horas? Utopia moderada pela realidade

Também esta terça-feira Marcelo manifestou a crença de que haverá acordo relativamente à reposição do horário de trabalho de 35 horas semanais na função pública, por se tratar apenas de “uma divergência de aplicação no tempo”.

“O Governo tenciona aplicar a partir de Julho e há, da parte dos sindicatos, o desejo de se aplicar imediatamente”, disse aos jornalistas, durante um passeio pelas ruas do centro de Portalegre.

Neste âmbito, acredita “que se vai chegar a uma negociação e a um acordo” porque, no fundo, a divergência “é entre Janeiro/Fevereiro e Julho, com o orçamento pelo meio”.

“Provavelmente chega-se a acordo, é a minha sensação”, sublinhou.

No entender de Marcelo Rebelo de Sousa, como se trata de um compromisso eleitoral, “é natural que o Governo o queira cumprir”, mas “deve estar a fazer contas à vida para saber quanto custa em termos orçamentais”.

“Essa reposição, para além de tudo o resto, significa dinheiro e o Governo deve estar mesmo a apresentar o orçamento no Parlamento”, afirmou, acrescentando que, se a reposição das 35 horas de trabalho semanais acontecesse só a partir de Julho, “uma fatia do ano já ficava salvaguardada”.

Questionado se esta é uma das situações em que a realidade se sobrepõe à utopia, o antigo líder do PSD respondeu que “é a utopia moderada pela realidade”.

O plenário parlamentar discute quarta-feira os projectos de lei dos partidos da esquerda para repor o horário de trabalho de 35 horas semanais na função pública, após mais de dois anos de jornada de 40 horas imposta pelo Governo PSD/CDS.

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