13 jan, 2016 - 03:58
Marisa Matias defendeu esta terça-feira, em Leiria, que as 35 horas de trabalho semanais devem ser um objectivo para todos.
Reconhecendo que se trata de uma área cuja “execução não diz respeito à Presidente da Republica”, a candidata presidencial apoiado pelo Bloco de Esquerda defendeu que “35 horas semanais de trabalho deve ser um caminho que deve ser feito quer no sector público quer no sector privado”.
Nesse sentido, reforça a candidata, “o Estado começar a dar o exemplo é um bom sinal, é um sinal de modernidade”.
Por terras do Lis, Marisa Matias visitou o hospital de Leiria, no dia em que Tribunal de Contas divulgou um relatório que dá conta de mais um buraco no sector da saúde.
Relatório que Marisa Matias disse que vem confirmar que é errada a aposta no privado, porque “há desperdício, há ineficiência, há falta de transparência e há dívida escondida”. Problemas que não foram combatidos “ao retirar do serviço público os serviços de saúde, pelo contrário”, salientou.
Se for eleita Presidente da República, Marisa Matias procurará garantir o funcionamento das instituições e defender o direito consagrado na Constituição de acesso a um serviço de saúde universal e tendencialmente gratuito.
Em Belém “por amor” a Portugal
Num jantar comício, em Leiria, a candidata presidencial disse que concorre a Belém "por amor" e não por interesse, acreditando que pode haver uma Presidente da República "livre dos interesses que põem em causa a independência" de Portugal.
Marisa Matias apelou a que todos os candidatos e candidatas às eleições de dia 24 de Janeiro se apresentem com a cara que têm "e não com uma cara de ocasião".
A ligação entre os direitos privados que se misturam com o interesse colectivo é, na sua opinião, "o ponto nevrálgico da corrupção", defendendo que "para actuar de forma eficaz contra a corrupção é preciso eliminar todas as zonas escuras da economia que têm a ver com as relações do público e do privado".
A comitiva da candidata presidencial começou esta terça-feira de campanha presidencial na Federação Portuguesa das Associações de Surdos, na Amadora, onde quis alertar para as barreiras e problemas que estas pessoas enfrentam em Portugal.
Marisa Matias manifestou a determinação de obrigar à aplicação da "legislação avançada" que garante a igualdade dos surdos, mas que acaba por não sair da gaveta.