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Maria de Belém. “Não sou uma malabarista das palavras"

16 jan, 2016 - 17:38

Candidata presidencial reforça que a candidatura à Presidência da República "não é uma questão de simpatia", mas uma questão de "análise séria".

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Maria de Belém Roseira reforça que ser candidato à Presidência da República é "qualquer coisa de extraordinariamente sério", não "uma questão de simpatia", sublinhando que, não sendo "malabarista das palavras", se candidata para garantir o prestígio do país.

"Não sou uma malabarista das palavras, não sou uma misturadora e uma criadora de palavras bonitas. Sou cristã, como já várias vezes me afirmei, mas não aproveito uma entrevista para mostrar um terço nas mãos, porque para mim os terços não são amuletos, nem feitiçarias, nem instrumentos de sorte, são vivências nas quais se acredita ou não se acredita, que se praticam ou não se praticam", afirmou Maria de Belém Roseira, numa intervenção num almoço em Fafe, Braga.

Vincando que a candidatura à Presidência da República "não é uma questão de simpatia", mas uma questão de "análise séria", "porque ser candidato ou candidata a Presidente da República não é uma brincadeira, não é uma aventura", a antiga presidente do PS considerou que a candidatura à chefia do Estado é "qualquer coisa de extraordinariamente sério e importante" e deve ser entendida como um "acto de responsabilidade".

"Foi isso que me deu o impulso de me candidatar e não qualquer vaidade em qualquer cargo. Nunca fui vaidosa no exercício de cargo nenhum, não foi a vontade de ser conhecida, porque já era conhecida, foi a vontade de servir o meu país", frisou, prometendo trabalhar em Belém para "garantir o prestígio do país, que está seriamente ameaçado".

Sem nunca se referir directamente aos seus adversários ou os nomear, a antiga ministra responsável pelas pastas da Saúde e da Igualdade nos Governos de António Guterres voltou a lembrar o seu percurso de vida, reiterando que todos conhecem a sua intervenção "intensa", "dedicada" e "coerente" ao longo de mais de 40 anos.

"Todos conhecem o meu percurso, não apenas de agora, não apenas de há quatro anos porque alguém me proporcionou ter feito uma intervenção numa qualquer realização pública", disse, numa referência implícita à intervenção de Sampaio da Nóvoa nas cerimónias do 10 de Junho, na altura muito aplaudida.

Em jeito de respostas às críticas à sua estratégia de campanha, Maria de Belém Roseira argumentou que não é uma pessoa diferente em campanha eleitoral ou quando não tem qualquer poder.

"Sou sempre igual a mim própria, próxima das pessoas, próxima delas quando precisam de mim e discreta e reservada quando não precisam de mim, porque só intervenho e só apareço quando considero que posso ser útil", disse, recusando fazer "promessas absolutamente proféticas", como se fosse "alguém saído do além".

Por outro lado, continuou, embora possa ser "cansativo" ver tantas instituições, é necessário conhecer as dificuldades "dos nossos mais velhos", porque não podemos considerar, como disse um ministro japonês, que "as pessoas mais velhas são muito caras à economia" e que "era bom que morressem depressa". "Isso é absolutamente chocante, é uma monstruosidade", sustentou.

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