17 jan, 2016 - 23:22 • Paula Caeiro Varela
É só juntar calma, muita calma, nada de nervos com os outros candidatos, e, em caso de crise…contar até cem. Em Aveiro, este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa explicou a táctica para resistir e vencer.
“Calminha, muito calminha, uma campanha muito civilizada”, vai dizendo o candidato em conversa com uma apoiante a quem também diz que vai seguindo um conhecido princípio evangélico: “Batem numa face, a pessoa dá a outra face e depois ainda outra face. Não me enervo, conto até cem. Um, dois, três, quatro… quando chegar a cem é o dia das eleições.”
É esta a receita de Marcelo Rebelo de Sousa para ganhar eleições à primeira volta e que implica não dar troco às provocações dos outros candidatos Ainda falta uma semana de campanha e um debate a dez, na terça-feira.
Chuva de dirigentes
Já na sessão pública, também em Aveiro, Marcelo Rebelo de Sousa, que passou o dia rodeado de figuras sociais-democratas do distrito, agradeceu aos que, na sua área política, compreenderam que o Presidente não é um líder partidário e tem de estar acima das querelas partidárias. E voltou a insistir, tal como tinha feito de manhã em Santa Maria da Feira, que a sua candidatura é transversal.
Apesar do distanciamento do PSD que a comitiva de Marcelo Rebelo de Sousa quer impor, a verdade é que vão aparecendo vários dirigentes. Este domingo, Feira, estiveram Hermínio Loureiro, presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, e Castro Almeida, ex-secretário de Estado e ex-autarca. E, em Espinho, esteve Luís Montenegro, líder parlamentar.
Questionado sobre se não há gente no PSD descontente com o posicionamento de Marcelo, sempre ao lado de Costa, Montenegro admitiu que uns possam não gostar por vezes de algumas declarações, mas sublinhou o mérito desta candidatura e a sua qualidade.