16 jan, 2016 - 23:08
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa foi comparado a um pirilampo a que muitos andam a querer extinguir o brilho pela mandatária distrital de Viseu, Mara Almeida.
Durante uma sessão no Instituto Politécnico de Viseu, Mara Almeida criticou os adversários de Marcelo Rebelo de Sousa que "procuram eleger a sua candidatura através do constante ataque e insulto", o que considerou "destabilização e infantilidade".
Neste âmbito, aludiu a uma história de um pirilampo e de uma cobra que, no seu entender, é "a analogia perfeita" do que considera que tem sido a campanha do antigo presidente do PSD.
"Era uma vez um pirilampo que vivia tão feliz e tão realizado com a sua vida que passava a vida a brilhar e a voar animadamente. Certo dia, uma cobra apercebeu-se daquele radiante esplendor e interessou-se por ele, dando início a uma caça ao pirilampo", contou.
Segundo a empresária, apesar de se ter apercebido da perseguição, o pirilampo "continuava a brilhar", por não poder contrariar a sua natureza, até que um dia a cobra o conseguiu interceptar, "encurralando-o num beco sem saída".
Mara Almeida acrescentou que quando a cobra já estava pronta para comer o pirilampo, este suplicou-lhe que o deixasse colocar "duas perguntinhas" e questionou se fazia parte da sua dieta alimentar. Recebendo uma resposta negativa, o pirilampo insistiu: "então porque me queres comer, cobra?".
"A cobra, reflectindo sobre a pergunta, não conseguindo sequer encontrar uma explicação que justificasse o seu acto, e respondeu: não sei, mas o teu brilho incomoda", concluiu a mandatária.
Na opinião de Mara Almeida, "quando a defesa destes candidatos concorrentes é o ataque a outros, torna-se notório e evidente o vazio de força própria, tendo a necessidade de recorrer a discursos deselegantes e totalmente desadequados".
Por isso, mostrou-se convicta de que Marcelo Rebelo de Sousa vencerá as eleições já no dia 24 e que "Viseu lhe proporcionará os melhores resultados do país".
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considera que, se for eleito, haverá um "virar de página" para um "estilo de unidade" e "de proximidade" e "muito moderado" no exercício do cargo de Presidente da República.
"É uma Presidência que tem de virar uma página na história do nosso país, e eu estou muito confiante", declarou o candidato com recomendações de voto de PSD e CDS-PP, durante uma sessão pública na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu.
Segundo o social-democrata, "a ideia de uma viragem" já se nota "no tipo de campanha" que está a fazer: "O estilo da campanha é o estilo da futura Presidência de Portugal. É um estilo de unidade, não é um estilo de agressão. É um estilo de convergência, não é um estilo de divisão. É um estilo de proximidade, não é um estilo de espectáculo".
"Não pode dividir, tem de unir. É essa a sua missão. Dirão: mas isso é ser muito ao centro, mas isso é ser muito moderado. Será? Talvez faça falta haver moderação em Portugal. Talvez. Eu confesso: eu sou um moderado, e acho que Portugal precisa de moderação na Presidência da República Portuguesa", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o "contacto pessoa a pessoa" que tem marcado a sua campanha é autêntico: "Não se trata de fazer espectáculo para os órgãos de comunicação social. Trata-se de viver uma experiência única, que não é nova na minha vida, porque eu sempre fui assim, eu sou assim, portanto, a campanha tinha de ser assim. E enquanto Presidente da República de Portugal eu serei assim".
O professor universitário de direito defendeu que "os portugueses querem gostar daqueles que os governam, e que aqueles que os governam gostem deles - mas gostar mesmo, não é nos discursos, é gostar mesmo".
"E isso não dá para iludir, para mentir, para inventar. Não há agência de imagem, não há agência de marketing que consiga converter em genuíno o que não é genuíno", sustentou.
Mais adiante, referiu-se aos estudos de opinião que apontam para a sua vitória, dizendo: "Muito mais importante do que os números das sondagens são os números daquilo que eu vejo e sinto nas portuguesas e portugueses com quem falo".
Contudo, não deixou de salientar que "são realizadas perto das eleições e vão todas no mesmo sentido".
Nesta intervenção, o antigo presidente do PSD reafirmou que, se for eleito, pretende promover consensos de regime, especificando: "Há que refazê-los no plano institucional, há que refazê-los na política externa, na política de defesa, há que refazê-los na política europeia. Há que afirmá-los na educação, como na Segurança Social ou como na saúde".
"Não é a nossa tradição? É mais difícil na Europa do sul? É mais complicado do que noutras democracias habituadas a essa experiência? Talvez, mas é preciso trabalhar pelos consensos de regime", insistiu.
Marcelo considerou que "o mundo está complicado" e que estes são "tempos difíceis", que exigem do Presidente "uma magistratura humilde e próxima", e também "uma magistratura imparcial politicamente".
Como desafios imediatos, apontou as questões relacionadas com os refugiados, a segurança comum e o referendo no Reino Unido sobre a permanência na União Europeia.
"Por isto tudo que vos disse, esta Presidência da República, que vai ser difícil, vai ser complexa, vai ser exigente, é uma Presidência que tem de virar uma página na história do nosso país", prosseguiu, concluindo: "Eu acredito nas portuguesas e nos portugueses, eu acredito em Portugal, eu acredito que no dia 24 se vai abrir uma nova página na história do nosso país".