17 jan, 2016 - 22:41 • Isabel Pacheco
Casa cheia no almoço que juntou 1600 apoiantes de Sampaio da Nóvoa no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa. Mas a iniciativa marcada pela ausência de Jorge Sampaio, por motivos de saúde. O ex-Presidente enviou uma mensagem e foi substituído, no alinhamento dos discursos, pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
O momento alto da campanha foi aproveitado por Sampaio da Nóvoa para, mais uma vez, apontar baterias a Marcelo Rebelo de Sousa e dizer que, numa República, não pode haver preferidos ou vencedores à partida.
“Queremos ser um Presidente-cidadão um cidadão-Presidente, que falará e representará todos, porque somos uma República e, numa República, não há entronizados à partida, nem príncipes herdeiros nem ungidos pela fama”, afirmou Sampaio da Nóvoa, usando o seu já habitual plural majestático.
O candidato que recolhe apoios vários entre os socialistas e é apoiado por três ex-Presidentes, entre os quais Ramalho Eanes, que estava no almoço, rejeita um país dividido entre soldados e generais, manifestando a sua “preocupação” por “haver dois países”. “O país dos mesmos rostos de sempre, que se perpetuam na politica e no poder mediático e um outro país de todos aqueles que, independentemente do que deram e dão à causa pública, se deviam limitar à condição de soldados rasos. Soldados rasos somos todos porque isso é que é a República”, afirmou.
Sampaio pediu, por isso, que o país não tenha memória curta e se lembre do que fez e defendeu Marcelo Rebelo de Sousa. “O candidato que agora se apresenta como campeão do Estado social em 2010 defendeu o fim da gratuitidade da saúde na Constituição”, disse Sampaio da Nóvoa que lembrou o apoio de Passos Coelho a Marcelo. E também lembrou os tempos em que trabalhou com Jorge Sampaio, em Belém, para dar mais uma ferroada no seu adversário. “Estive vários anos a trabalhar em Belém. A trabalhar, não a comer vichyssoise ou sopas frias”, disse o candidato.