18 jan, 2016 - 11:40
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O candidato presidencial Jorge Sequeira faz um balanço “excepcional” da campanha até agora. “Estou radiante. Nunca imaginei que tivesse tantas pessoas que me abraçam, cumprimentam e desejam boa sorte”, confessa.
Jorge Sequeira garante que as pessoas com quem se tem cruzado deixam votos de apoio, “porque o que têm experimentado até aqui tem sido alternar entre o mau e o péssimo, e querem uma luz de esperança”.
“Se sou eu ou não essa luz de esperança, [não sei], o que é certo é que muita gente me abraça e diz vá, vá em frente, sabemos que não tem aparelho, que não tem partido, mas tem a força da convicção e a alma de um povo que quer a mudança”, afirma.
O candidato diz à Renascença que quer passar uma mensagem de mudança. “Porque é que havemos de ser conservadores?”, questiona. “Para conservar a educação que está má, porque quem tem dinheiro leva os filhos para o colégio privado? Quem tiver problemas de saúde, se está à espera de consulta médica, morre na urgência…”, critica.
“Se tivéssemos riqueza, saúde, igualdade, confiança nas instituições, aí eu era conservador, agora conservar uma coisa que está péssima - estamos na cauda da Europa. Não podemos fazer diferente com pessoas iguais”, sublinha.
É difícil ser candidato independente, conclui o psicólogo. “Eu sabia para o que vinha! Quem anda à chuva molha-se. Não podia esperar que me estendessem um tapete vermelho e que fosse aclamado, só se eu fosse muito desprevenido intelectualmente é que acreditava nisso.”
O objectivo, diz, é “mudar, sair da zona de conforto”. “Não faltam pessoas que actuam na sombra e dizem mal, mas não dão um passo para fazer bem”.
Quanto a um futuro na política, Jorge Sequeira diz que não pensa nisso. "Só para mais tarde recordar, como dizia um anúncio de máquinas fotográficas. Não vim para a política, passei por aqui agora, não quero capitalizar nada disto para o que quer que seja. É um acto de cidadania puro e altruísta."
Para o candidato, um bom resultado será saber que mudou, que fez com que “algumas pessoas saíssem de casa para votar” e que, na “próxima geração, alguém que se vai candidatar nas mesmas condições, como independente, possa um dia chegar a Presidente da República”.
A Renascença realiza esta segunda e terça-feira uma série de pequenas entrevistas aos candidatos à Presidência da República. Paulo Morais, Maria de Belém Roseira, Cândido Ferreira, Jorge Sequeira e Marisa Matias são os primeiros a ser entrevistados.