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​Marcelo desconforta (outro) vice do PSD. “Por vezes, preferia outro tipo de comentários”

19 jan, 2016 - 01:07 • José Pedro Frazão

No programa “Falar Claro” da Renascença, o social-democrata José Matos Correia admite que não subscreve todas as atitudes do candidato presidencial.

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​Marcelo desconforta (outro) vice do PSD. “Por vezes preferia outro tipo de comentários”

O vice-presidente do PSD, José Matos Correia, admite que nem todas opiniões de Marcelo Rebelo de Sousa são bem recebidas no partido.

No programa “Falar Claro” da Renascença, o dirigente social-democrata recusa a ideia de um PSD “incomodado” com a campanha de Marcelo, mas reconhece que não subscreve na totalidade as posições do candidato sobre uma série de questões.

“Gostaria, uma vez ou outra, de ver da parte do professor Marcelo Rebelo de Sousa outro tipo de atitudes do que aquelas que tem tido ou outro tipo de comentários do que aqueles que algumas vezes lhe temos ouvido”, afirma Matos Correia.

O vice-presidente do PSD subscreve o desconforto manifestado publicamente pelo dirigente social-democrata Carlos Carreiras, que deu conta de um afastamento de Marcelo em relação ao PSD.

“Há por vezes situações em que o professor Rebelo de Sousa tem leituras de dossiers ou de problemas que não coincidem, nem têm que coincidir, com aquilo que é a leitura do PSD”, ressalva Matos Correia no debate político das segundas-feiras na Renascença.

“Enquanto dirigente do PSD, há momentos em que eu preferiria que o professor Rebelo de Sousa se pronunciasse de outra forma sobre este assunto ou aquele”, adianta, sem concretizar os pontos que causam desconforto na direcção laranja.

Incómodo por Marcelo

Vera Jardim assegura, por seu lado, que “é evidente o incómodo do PSD e até o incómodo do próprio professor Marcelo quando o PSD se aproxima. Eu não estou a falar do quadro do PSD local, isso é diferente. Os quadros locais, os militantes locais vão acompanhando certamente, o professor Marcelo”. O antigo ministro da justiça lembra que o antigo comentador tem feito uma campanha sem meios porque não precisa, “teve 12 ou 13 anos em prime-time na televisão, em sinal aberto”.

O socialista diz que Marcelo “ tanto se quer colar ao Governo actual de António Costa, que disse logo que aprovava o Orçamento, fosse ele qual fosse. O que é uma afirmação que, normalmente, é criticada por quem tem uma análise da situação correcta”.

Matos Correia responde com o perfil individual do candidato recomendado pelo PSD e CDS.

“Um candidato presidencial é um candidato pessoal. Não tem que ter a leitura que tem um partido político, A ou B, ainda que haja recomendações de voto desses partidos nesse candidato ou ainda que esse candidato tenha sido, como foi, presidente do PSD. Seria completamente disparatado da nossa parte achar que o candidato presidencial, pelo simples facto de recomendarmos o voto no professor Marcelo Rebelo de Sousa, seria condicionado por aquilo que nós entendemos em todos os assuntos e mais alguns”, remata o vice-presidente do PSD, José Matos Correia.

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