18 jan, 2016 - 09:42 • ue
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“O país é muito diverso e, portanto, decisão centralizada, normalmente não está ajustada a essa diversidade”, afirma Maria de Belém Roseira. A candidata à Presidência da República defende uma aproximação “da decisão dos cidadãos”.
“Mesmo não havendo um quadro mais formal de regionalização - porque os modelos podem ser vários - há possibilidade, de acordo com a divisão do país em função das suas regiões plano, fazer uma descentralização que assegure essa mesma aproximação relativamente às pessoas, porque a política é para servir as pessoas”, afirma à Renascença, em Vila Real.
Sem querer dizer qual será a primeira medida a tomar se for eleita, Maria de Belém Roseira sublinha que está, para já, a fazer o “que poucos candidatos” fazem: dar “atenção ao interior e às regiões de baixa densidade”.
“Portugal é Portugal inteiro e não só aquele em que moram muitas pessoas, e por isso para alguns candidatos é a área mais importante porque tem mais pessoas e podem captar mais votos. Eu acho que é evidente que numa eleição é importante captar votos, mas é importante que todas as portuguesas e todos os portugueses são de primeira, independentemente do sítio em que residem”, sustenta.
Na última noite, em Arcos de Valdevez, a ex-presidente do PS fez questão de destacar que é ela a única candidata socialista em campanha. Um recado ao partido por causa de Sampaio da Nóvoa?
“Não foi um recado. Normalmente, não mando recados”, garante. “O que afirmei foi que sou militante socialista e aquilo que é importante que se saiba não é um ónus nem uma menos valia”, começa por argumentar, sublinhando que disse o que disse “no quadro” de um “jantar, em que estavam pessoas que eram do Partido Socialista e de outros partidos”.
E sublinhou: “Foram [os militantes] que conseguiram, com o seu trabalho, com o seu esforço e com a sua dedicação, lutar pelas causas que fizeram da democracia aquilo que ela é hoje”.
A Renascença realiza esta segunda e terça-feira uma série de pequenas entrevistas aos candidatos à Presidência da República. Paulo Morais, Maria de Belém Roseira, Cândido Ferreira, Jorge Sequeira e Marisa Matias são os primeiros a ser ouvidos.