24 jan, 2016 - 22:02
O ex-ministro Alberto Martins disse este domingo que o resultado de Maria de Belém Roseira nas presidenciais constitui uma "grande derrota" para a esquerda e para o PS, sublinhando que houve um erro dos socialistas que agora devem reflectir.
"Tínhamos outros objectivos, é uma grande derrota para a esquerda, uma grande derrota para o PS", afirmou Alberto Martins, em declarações aos jornalistas na sede de candidatura de Maria de Belém Roseira, em Lisboa, depois de a candidata ter assumido a derrota.
Sublinhando que "houve um erro do PS", Alberto Martins defendeu a necessidade de uma "análise crítica das consequências" da derrota nestas eleições do PS e da esquerda em geral.
"O PS, e a esquerda em geral, foi derrotado nestas eleições, deve fazer um análise crítica das consequências disto", defendeu o ex-ministro da Justiça.
Alberto Martins, que participou em algumas acções de campanha da ex-presidente do PS, fez ainda uma referência implícita ao episódio das subvenções vitalícias, considerando que a demagogia "é um inimigo grande da democracia".
"O PS foi derrotado e quando se é derrotado é porque não se jogou para a vitória, isso aconteceu, houve um erro do PS", advogou ainda, lamentando que os socialistas não tenham aprendido com os erros do passado.
"Há uma reflexão a fazer sobre a democracia em geral, a esquerda tem que reflectir, parece que não aprendemos com os erros do passado, entregando a Presidência da República a uma personalidade da direita, mas que agora é o Presidente da República", disse.
Alberto Martins foi um dos apoiantes que estiveram esta noite na sede de candidatura de Maria de Belém Roseira, em Lisboa, que saiu do espaço localizado junto ao Saldanha às 21h45 sem prestar qualquer declaração aos jornalistas.
Quando estavam 3.039 das 3.092 freguesias apuradas, Marcelo Rebelo de Sousa tinha 52,3% dos votos, Sampaio da Nóvoa 22,58%, Marisa Matias 10,07% e Maria de Belém Roseira 4,28%.
Edgar Silva tinha obtido 3,92%, Vitorino Silva 3,43%, Paulo de Morais 2,09%, Henrique Neto 0,8%, Jorge Sequeira 0,3% e Cândido Ferreira 0,24%.
O essencial da noite eleitoral até ao momento: