24 jan, 2016 - 22:11 • Ricardo Vieira
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Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da República. Eleito à primeira volta, o candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS afirma que nesta noite eleitoral “não há vencidos”. “Serei Presidente de todos os portugueses”, disse no seu discurso de vitória no átrio da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
“Quero saudar o povo português. O povo é quem mais ordena e foi o povo que me quis dar a honra de me eleger Presidente”, disse. “Serei Presidente de todos os portugueses porque a minha consciência e a Constituição assim o ditam.”
Marcelo promete ser “politicamente imparcial”, um “Presidente livre e isento cujo único compromisso que assume é defender todos os portugueses sem discriminações”.
“Todos me merecem o mesmo respeito. Todos fazem parte da pátria. Não há portugueses vencedores nem vencidos. Não há vencidos nestas eleições presidenciais”, declarou.
O Presidente eleito salientou que fez questão de se dirigir ao país a partir da Faculdade de Direito de Lisboa, motivando muitos aplausos. Trata-se de uma “casa da liberdade de pluralismo e abertura de espírito. Não foi uma opção política. Foi uma escolha de natureza afectiva.”
“Ao longo de 50 anos, primeiro como aluno e depois como professor, esta casa fez de mim muito daquilo que sou. Dos meus pais e da minha educação, trago valores de pluralismo, preocupação pelo país, apego ao serviço dos outros. “
“É natural que queira partilhar com todos a alegria desta eleição”, disse.
Marcelo aproveitou para agradecer a “todos os presidentes”. “Cada uma à sua maneira serviram o interesse nacional”, disse. “Não abdicarei de seguir o meu próprio estilo e convicções, mas respeito os antecessores na chefia do Estado”.
Numa intervenção emocionada e interrompida por muitas palmas e frases de apoio e incentivo, Marcelo Rebelo de Sousa olhou para o futuro e descreveu aquelas que serão as quatro marcas da sua Presidência: fomentar a unidade nacional, politicamente imparcial e empenhado e actuante em termos sociais, promover as convergências políticas e "refundar" cultura de compromisso e, por fim, "incentivar o frutuoso relacionamento entre órgãos de soberania e agentes políticos, económicos e sociais".
"É a hora de refazer Portugal. Viva Portugal!", declarou Marcelo Rebelo de Sousa a fechar o discurso de vitória.