O Papa Francisco usou a rede social Twitter, esta quinta-feira, para pedir "orações por Paris", depois do atentado que fez 12 mortos.
O Papa enviou, esta quinta-feira, uma mensagem ao Arcebispo de Paris. Na carta ao Cardeal André Vingt-Trois, Francisco associa-se em oração às famílias das vítimas do ataque, rezando por todos os franceses.
As suas palavras condenam uma vez mais a violência, que gera tanto sofrimento e pede a Deus o dom da paz.
Na quarta-feira, o Papa já tinha expresso a sua firme condenação "pelo horrível atentado", que "semeou a morte, deixou consternada toda a sociedade francesa e perturbou todas as pessoas amantes de paz". "A vida e a dignidade de cada um devem ser garantidas e protegidas com decisão, toda a instigação ao ódio deve ser recusada, o respeito do outro cultivado", sustentou.
Pelo menos três locais de culto muçulmano em França foram alvo de ataques desde o atentado de em Paris, segundo fontes judiciais citadas pela agência France Press.
Três granadas de exercício foram lançadas contra uma mesquista em Le Mans, dois tiros foram disparados contra uma sala de oração muçulmana em Port-la-Nouvelle e um
restaurante de kebabs ao lado de uma mesquita, perto de Lyon, foi o alvo de uma explosão.
Os ataques acontecem um dia depois do massacre que fez 12 mortos no jornal "Charlie Hebdo", em Paris. Esta madrugada, foram detidas sete pessoas, relacionadas com os dois suspeitos do ataque. Os dois irmãos continuam a monte, enquanto um terceiro suspeito, o mais novo, entregou-se às autoridades esta quarta-feira à noite.
No Eliseu, estão reunidos a esta hora, de emergência, os membros do governo francês.
Outros líderes políticos e religiosos também condenaram o ataque, incluindo o
xeique David Munir, que aconselha os radicais que não gostam da democracia a emigrar.
Na quarta-feira, homens armados com kalashnikovs irromperam pela redacção do "Charlie Hebdo" e abriram fogo, matando dez jornalistas e cartoonistas e dois agentes da polícia, ferindo ainda 11 pessoas, quatro das quais com gravidade.
O ataque está a gerar uma onda de solidariedade internacional, com
manifestações a multiplicarem-se de Moscovo a Washington, com líderes mundiais e jornalistas unidos na repulsa pelo atentado.