11 fev, 2015 - 06:52 • Ana Lisboa
O coordenador nacional dos capelães hospitalares, padre Fernando Sampaio, diz que nem todos os doentes internados são informados de que existe a assistência religiosa nos hospitais.
Em declarações à Renascença, Fernando Sampaio diz que há mesmo casos em que se pode falar de má prática profissional: “Muitas vezes, há bloqueamentos das informações. Às vezes, são os doentes que pedem e as informações são bloqueadas. Os doentes perguntam e dizem que não. Graças a Deus, não são muitos os profissionais a fazer isso, mas ainda há quem faça e isso é má prática profissional. Porque a boa prática profissional tem em atenção o doente todo, na sua dimensão física, psicológica, espiritual e existencial.”
Para o coordenador nacional dos capelães hospitalares, o facto de uma pessoa estar internada num hospital, “não deve impedir a sua vivência religiosa" e é por isso que existe este serviço de assistência espiritual e religiosa, para que os doentes ou familiares o solicitem. O coordenador dos capelães hospitalares sublinha que “as pessoas não podem estar à espera, têm de pedir e têm de exigir, têm direito", sendo que, "para os cristãos, não é apenas um direito, mas também é um dever”.
Os capelães têm "também a obrigação de passar pelos doentes" e são muitos "os que se manifestam e dizem ‘ainda bem que veio, eu estava ansioso que passasse’”.
Os pedidos dos doentes são os mais variados: muitos querem só conversar, outros rezar, há quem peça para receber a comunhão e há, até ,quem se tenha casado e baptizado no hospital.
O Dia Mundial do Doente assinala-se esta quarta-feira.