O Vaticano admite que o seu nível de segurança está alto devido à ameaça de terroristas islâmicos.
Numa rara entrevista, concedida à revista italiana "Polizia Moderna", o comandante Domenico Gianni, responsável máximo pela segurança do Papa, revela que os serviços de segurança do Vaticano estão em contacto permanente com os seus colegas italianos e de outros países estrangeiros e que o estado de alerta é permanente.
As ameaças não vêm só do autodenominado Estado Islâmico, havendo também o risco de haver acções solitárias, o que torna tudo mais perigoso, porque estas são por natureza mais imprevisíveis.
Interrogado sobre como o Papa enfrenta estas ameaças, Gianni refere que Francisco não pretende abandonar o estilo do seu pontificado. "O Santo Padre não pretende abandonar o estilo do seu pontificado, fundado na proximidade, isto é, no encontro directo com o maior número possível de pessoas", disse.
"Antes de ser Papa, ele continua a ser um padre que não quer perder o contacto com o seu rebanho. Por isso, nós que somos responsáveis pela sua segurança temos de nos adaptar a ele, e não ao contrário. Devemos fazer tudo para que ele possa continuar a desempenhar o seu ministério como deseja e como acredita”, conclui o homem forte da segurança de Francisco.
A ascensão do grupo terrorista Estado Islâmico, bem como os recentes ataques em França e na Dinamarca, preocupam os responsáveis pela segurança na Santa Sé. Nos seus vídeos, revistas e mensagens de propaganda, os jihadistas falam frequentemente do desejo de atacar Roma, que encaram como símbolo do Ocidente cristão.
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