12 mar, 2015 - 23:49
Esta sexta-feira passam dois anos do momento do fumo branco e da eleição do Papa Francisco. A Renascença falou com D. Manuel Clemente, um dos mais recentes Cardeais a integrar a Cúria romana.
O Cardeal Patriarca destaca os dois principais desafios do Sumo Pontífice: “Levar por diante o trabalho de reforma e simplificação dos organismos centrais da Igreja – como tem estado a fazer” e “a iniciativa do Sínodo para a família em duas sessões”.
Num balanço destes dois anos do Papa “que veio do fim do mundo”, D. Manuel Clemente considera que “fica uma marca de reforma”.
“Tem sido isso que o Papa tem dito e tem feito no sentido cristão do termo, ou seja, de retomar a forma inicial do cristianismo. Não é por acaso que em povos que têm uma tradição cristã já antiga há uma adesão tão especial à figura do Papa Francisco, que tem um estilo muito evangélico que está a ter uma enorme repercussão no povo de Deus em geral”, disse.
Sobre a actuação do Papa Francisco, o Cardeal Patriarca não se mostra muito surpreendido. “Eu já conhecia alguma coisa do que era a vida e o trabalho do Cardeal Bergoglio em Buenos Aires, esta insistência nas periferias, o acolhimento às pessoas, atenção especial aos mais simples”.