Torneio de futsal angaria dinheiro para cristãos iraquianos
28 mai, 2015 - 18:38 • Ângela Roque
A participação da equipa de Juniores A do Benfica deve mobilizar mais gente, esperam os organizadores. O pároco do Seixal recorda que o torneio acaba às 17h, o que dá tempo para depois ver a final da Taça de Portugal.
O Benfica vai participar, com a sua equipa de juniores, num torneio de futsal que visa angariar dinheiro para ajudar os cristãos iraquianos. A iniciativa é da paróquia do Seixal, na diocese de Setúbal, onde o desporto é encarado como meio de evangelização.
A participação dos juniores do Benfica pode atrair mais gente ao Torneio, cujas receitas vão ser entregues à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
Este é já o quarto torneio que a paróquia do Seixal organiza, como sublinha o padre Marco Luis. “A primeira edição foi para um campo de férias; já foi para as famílias mais carenciadas da paróquia; no último ano foi para uma missão em Cabo Verde, a missão ‘Cabo Esperança’, com jovens, e este ano é para os refugiados do Iraque”.
Porquê esta escolha? Luis Painço, colaborador da paróquia, explica que não podia ser outra. “A paróquia tem vivido de uma forma muito intensa a questão do Iraque. Já fizemos uma semana de adoração, já recebemos o senhor bispo de Kirkuk, e achámos que este ano o torneio devia ser para ajudar os refugiados do Iraque, e nada melhor que juntarmo-nos à fundação Ajuda à Igreja que Sofre”
O torneio é, assim, o ponto alto dos treinos que vão fazendo ao longo do ano. O gosto por jogar à bola junta todos os domingos à tarde o padre e muita gente da paróquia. É um momento de convívio, onde a oração não é esquecida.
“As duas equipas da paróquia têm gente de várias idades. Desde os mais novos aos mais velhos todos gostam de jogar e jogam todos com muito empenho, é um momento de convívio e um momento de evangelização. Uma das coisas que fazemos antes de começar os jogos é rezar, rezamos em conjunto, e isso acaba por aproximar mais as pessoas. Treinamos todos os domingos às 19 horas, no pavilhão do Seixal Futebol Clube”, explica Luís Painço.
No torneio participam quatro equipas: a de juniores A do Benfica, duas de paroquianos e, a mais difícil de juntar, a de padres, uma vez que, como explica o pároco, “não há assim tantos padres a jogar à bola.”
O padre Marco Luís, contudo, faz questão de jogar. “Também jogo, costumo jogar com os paroquianos, e daí nasceu também o torneio solidário, desta experiência de jogarmos à bola. Mas, o que é importante é participarmos e ao mesmo tempo, através desta forma tão diferente, reflectirmos sobre questões que são importantes, como esta questão do Médio Oriente e do Iraque”
Luis Painço diz que a experiência dos anos anteriores mostra que as pessoas gostam de participar e contribuir. “Com os bilhetes e com algumas vendas que fazemos no dia, de gomas e pipocas, ronda sempre os 1.500, 1.600 euros, o que tem sido uma grande ajuda para as outras iniciativas. Este ano contamos, sem dúvida, fazer um pouco mais, até porque estamos associados à fundação AIS, e acreditamos que irá trazer muito mais gente, que o pavilhão vai encher e que vai ser uma tarde de família e bastante divertida. O pavilhão tem à volta de 550 lugares, mas vai haver espaço para toda a gente. Era bom que enchesse. Contamos com isso!”
O padre Marco Luis lembra que “é um dia de final da taça de Portugal, mas o torneio é entre as 15 e as 17, no fim todos podem ir ver o jogo da Taça de Portugal, e podem ir ver já com a certeza de que contribuíram para quem está mais longe”.
O torneio começa às 15 horas e cada entrada são três euros.
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