10 jun, 2015 - 15:00
O Papa Francisco aprovou um novo tribunal no Vaticano para julgar os bispos acusados de pactuar com abusos sexuais de menores, mas um grupo de vítimas definiu a ideia como sendo de “alcance reduzido e tarde de mais”.
Trata-se de uma nova instância judiciária no interior da Congregação para a Doutrina da Fé. O porta-voz do vaticano, padre Federico Lombardi, explicou que serão julgados por este tribunal os bispos que sejam acusados de encobrir ou não ter tomado medidas para evitar abusos sexuais de menores por parte de padres.
O Papa vai assim ao encontro das exigências feitas por familiares de vítimas, que pediam que os bispos pudessem ser punidos, mesmo que não tivessem responsabilidade directa por crimes de pedofilia praticados por padres das respectivas dioceses.
O documento agora aprovado diz que tribunal funcionará sobre a égide da Congregação para a Doutrina e Fé.
A organização norte-americana que defende as vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes diz que o Papa devia ter ido mais longe.
“O Papa podia ter afastado estes bispos, mas não fez com nenhum”, defende esta plataforma.
Francisco encontra-se com Putin
Também esta quarta-feira, o Papa Francisco incentivou o presidente russo, Vladimir Putin a comprometer-se com a realização de "grandes e sinceros esforços" para alcançar a paz na Ucrânia, revelou o Vaticano.
Francisco e Putin encontraram durante 50 minutos e o comunicado do Vaticano diz que os dois concordaram que é necessário recriar um clima de diálogo para implementar o acordo de Minsk.