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Papa diz “não” a uma economia de corrupção e à idolatria do dinheiro

21 jun, 2015 - 09:23

Francisco está em Turim para uma visita de dois dias que inclui a veneração do Santo Sudário e um reencontro com as raízes familiares suas.

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“Somos chamados a reafirmar o ‘não’ a uma economia do desperdício, que pede para se resignar à exclusão daqueles que vivem em pobreza absoluta”, afirmou o Papa Francisco à sua chegada à cidade italiana de Turim.

Ali, sublinhou, a pobreza absoluta afecta “cerca de um décimo da população”.

Durante o seu encontro com representantes de trabalhadores, antes da oração diante do Santo Sudário, na Catedral, Francisco apelou a que digamos “não” à “idolatria do dinheiro” e “à corrupção, tão espalhada que parece ser uma atitude e um comportamento normal. ‘Não’ aos conluios mafiosos, às fraudes, aos subornos e coisas do género!”, continuou.

O Papa falou também directamente aos que vivem as dificuldades do desemprego e trabalho precário, sobretudo os jovens de Turim, mais afectados pelas dificuldades.
Francisco lembra que o trabalho é essencial para a dignidade da pessoa humana.

“Exprimo a minha proximidade aos jovens desempregados, às pessoas com subsídio de desemprego ou trabalho precário; mas também aos empresários, aos artesãos e a todos os trabalhadores dos vários sectores, sobretudos os que têm mais dificuldade em ir por diante. O trabalho não é necessário apenas para a economia, mas para a pessoa humana, para a sua dignidade, para a sua cidadania e também para a inclusão social”, afirmou.

O Papa iniciou este domingo uma visita de dois dias à cidade de Turim, com um programa que inclui a veneração do Santo Sudário e um reencontro com as suas raízes familiares.

Depois do momento de oração na Catedral de Turim, Francisco dirigiu-se à Praça Vittorio, onde preside à Eucaristia e à recitação do Angelus.

Uma tradição a manter
Nesta visita a Turim, o Papa rezou diante do Santo Sudário, dando assim continuidade à tradição de visitas papais à relíquia guardada na catedral da cidade.

Diante do misterioso lençol de linho, com marcas de sangue, venerado como sendo a mortalha que envolveu o corpo de Cristo no Sepulcro, Francisco deteve-se vários minutos em silêncio.

Não é sempre que o Santo Sudário está exposto ao público. Mas quando isso acontece, o grande lençol de linho fica protegido dentro uma moldura colocada atrás do altar principal.

Em geral, os fiéis sentam-se a alguma distância do Sudário, mas para o Papa foi colocada uma cadeira mesmo em frente para lhe permitir algum recolhimento.
Francisco sentou-se a rezar durante vários minutos e, no final, aproximou-se do Sudário e tocou-lhe com a mão.
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