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Papa permite confissões a sacerdotes da Fraternidade São Pio X durante Jubileu da Misericórdia

01 set, 2015 - 12:18 • Ecclesia

Francisco manifesta abertura em relação à comunidade fundada por D. Marcel Lefèbvre.

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O Papa determinou que todos os católicos se vão poder confessar de forma válida, durante o Jubileu da Misericórdia, a sacerdotes Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por D. Marcel Lefèbvre.

Francisco explica, em carta divulgada esta terça-feira pela Santa Sé, que o Ano Santo Extraordinário (Dezembro 2015 - Novembro 2016) quer incluir os fiéis que “por diversos motivos, sentem o desejo de frequentar as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade São Pio X”.

“Movido pela exigência de corresponder ao bem destes fiéis, estabeleço por minha própria vontade que quantos, durante o Ano Santo da Misericórdia, se aproximarem para celebrar o Sacramento da Reconciliação junto dos sacerdotes da Fraternidade São Pio X, recebam validamente e licitamente a absolvição dos seus pecados”, assinala.

“Este Ano Jubilar da Misericórdia não exclui ninguém. De diversas partes, alguns irmãos bispos referiram-me acerca da sua boa fé e prática sacramental, porém unida à dificuldade de viver uma condição pastoralmente árdua”, acrescenta.

Em Março de 2009, Bento XVI enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.

Na altura, o agora Papa emérito escreveu que "enquanto a Fraternidade não tiver uma posição canónica na Igreja, também os seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja”.

O Papa Francisco deixa votos de que seja possível “encontrar soluções para recuperar a plena comunhão com os sacerdotes e os superiores da Fraternidade” no futuro próximo.

Em Junho de 2012, a Santa Sé revelou que tinha proposto a criação de uma prelatura pessoal para a Fraternidade Sacerdotal, que esta viria a recusar.

Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.

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