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Em Aleppo os ricos fugiram, a classe média ficou pobre e os pobres não têm nada

21 set, 2015 - 16:53 • Ana Lisboa

O arcebispo caldeu de Aleppo, Antoine Audo, explica que a fuga dos cristãos é “cada vez mais imparável” e que a cidade está dividida entre o exército e grupos terroristas.

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A situação na cidade síria de Aleppo está cada vez mais difícil, explica o arcebispo caldeu Antoine Audo.

"Há mais de um mês ou dois, estamos sem água e sem electricidade”, afirmou o arebispo Audo, acrescentando ser vulgar ver jovens e crianças pelas ruas, de dia e de noite, “com garrafas vazias na mão, tentando encontrar um pouco de água”.

A fuga da comunidade cristã é cada vez mais imparável, diz o Arcebispo, que revela que antes da guerra havia cerca de 150 mil cristãos e agora ”não serão mais de 50 mil”.

O colapso do país é particularmente visível em Aleppo. “Os ricos foram-se embora. A classe média ficou pobre e os pobres estão sem nada.”

O arcebispo Antoine Audo diz que há “muitos gangues armados” e que “são vistos jovens com metralhadoras nas mãos”.

Numa nota emitida pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o prelado revela que esta cidade “está dividida em duas partes: uma nas mãos do exército regular e outra, a parte mais antiga, “sob o domínio dos terroristas” que, segundo o Arcebispo, pertencem aos grupos jihadistas Frente al-Nusra e ao autoproclamado “Estado Islâmico”.

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