24 set, 2015 - 16:26 • Paula Costa Dias
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura e Comunicações Sociais disse, esta quinta-feira, que a família deve ser o alicerce da reconstrução da sociedade.
"Não que nos situemos num mundo cor-de-rosa, onde tudo é azeite e mel; não que nos fechemos à leitura da realidade, sempre difícil e tantas vezes dura", salientou D. Pio Alves na abertura das Jornadas das Comunicações Sociais, mas, para além de tudo isso, "a família pode e deve ser permanentemente redescoberta como alicerce, testemunho e motor de uma sociedade renovada".
"E porque não há sociedade renovada sem renovada comunicação”, diz, "parece claro e urgente que nos disponhamos a reaprender no livro da família". O desafio é construir o futuro sobre o alicerce de um presente assumido e revitalizado.
À Renascença, o bispo explicou que "na medida em que a família é a célula-base da sociedade, se a família funciona e se cada pessoa em cada família funciona evidenciando os valores que o Santo Padre explicita na sua mensagem (para o Dia Mundial das Comunicações Sociais) esses valores potenciados servirão para reconstruir a família e por sua vez as famílias reconstruídas reconstruirão a sociedade".
E, ao mesmo tempo, refere D. Pio Alves, "esses valores que o Papa Francisco identifica na mensagem mesmo que transferidos directamente para a sociedade seriam um autêntico balão de oxigénio para a própria reconstrução da sociedade e para que a comunicação entre as pessoas fosse uma realidade".
Para o bispo, é imprescindível que esse elenco de dinamismos comunicacionais não seja apenas "uma ementa onde cada um petisca o que mais lhe agrada, mas, antes, o rol de ingredientes – todos importantes – de um prato forte e substancial".
O bispo vê a família como uma "escola de perdão, de comunicação feita de bênção".