21 out, 2015 - 11:31
O Papa falou esta quarta-feira de João Paulo II. Na habitual audiência das quartas-feiras, Francisco lembrou que se celebra na quinta-feira o Dia da Memória de João Paulo II.
“Caríssimos, amanhã celebramos a memória de João Paulo II, o Papa da Família.
Sejam seus bons seguidores na atenção pelas vossas famílias e para todas as famílias, especialmente aquelas que vivem dificuldades materiais ou espirituais. Que a fidelidade e o amor professados, as promessas feitas e os compromissos que derivam da responsabilidade, sejam a vossa força”, começou por dizer.
Francisco elogiou os tempos em que bastava um “aperto de mão” para garantir a “fidelidade” às promessas e afirmou que, nas famílias, essa promessa inclui o cuidado com os filhos e com os pais idosos.
Pediu depois que o santo interceda no sínodo dos bispos que está a decorrer no Vaticano e que termina no próximo fim-de-semana.
“Por intercessão de São João Paulo II, oremos para que o Sínodo dos Bispos, que está prestes a terminar, renove em toda a Igreja o sentido do valor inegável do matrimónio indissolúvel e da família saudável, baseada no amor mútuo do homem e da mulher e na graça divina”, apelou.
O Papa pediu ainda orações pelos participantes no sínodo, para que Deus “abençoe o seu trabalho, desenvolvido com fidelidade criativo”.
Os danos da “inflação de promessas por cumprir”
Francisco alertou esta quarta-feira para as consequências da perda do valor da “fidelidade” às promessas e sublinhou a importância da indissolubilidade matrimonial.
“Pensemos nos danos que a inflação de promessas por cumprir, em vários campos, produz na civilização da comunicação global, bem como a indulgência pela infidelidade à palavra dada e aos compromissos assumidos”, avisou perante os milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a audiência pública.
O Papa defendeu a restituição da “honra social” à “fidelidade do amor” e valorizou os “milhões” de homens e mulheres que dão vida ao “fundamento familiar”.
“Não é por acaso que este princípio da fidelidade à promessa do amor e da geração está escrito na criação de Deus como uma bênção perene”, sublinhou, afirmando que a Igreja vê nesta fidelidade para “toda a vida” uma “bênção” com a qual procura aprender, antes de a “ensinar e disciplinar”, tendo como referência a “misericórdia” divina.
“O amor pela família humana, na boa e na má sorte, é sempre uma questão de honra para a Igreja. Que Deus nos permita estar à altura desta promessa”, desejou.