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D. Emílio Sumbelelo

Sínodo. “Assuntos quentes estão a ser tratados com mais serenidade"

22 out, 2015 - 09:54 • Aura Miguel

Últimos dias do sínodo da família, em Roma. A Renascença entrevistou o bispo de Uíge e secretário-geral da conferência episcopal angolana.

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Apesar de o Papa já ter declarado que não haverá mudanças doutrinais, verificam-se divergências sobre alguns aspectos pastorais, sobretudo quanto ao acompanhamento dos divorciados que voltaram a casar civilmente.

A Renascença entrevistou o bispo de Uíge e secretário-geral da conferência episcopal angolana, D. Emílio Sumbelelo, que observa a “serenidade” dos bispos no debate deste assunto.

“Estes assuntos quentes que no ano passado, no sínodo extraordinário, criaram uma grande fogueira, este ano estão a ser tratados com mais serenidade”, comenta D. Emílio Sumbelelo.

“Na questão da comunhão ser dada ou não ser dada aos divorciados recasados civilmente, afirma-se, por um lado, a doutrina da Igreja: que a comunhão exige o estado de graça. Por outro, está-se a tentar frisar bastante o aspecto do acolhimento, não procurar marginalizar. Muitos modos redigidos vão nesta linha”, diz.

Mas o que se passou neste ano, para serenar os ânimos, se o argumento é o mesmo? “Acho que foi tempo suficiente para se amadurecer e voltar às fontes. Terá contribuído bastante o não deixar-se levar pelos lóbis que se estavam a criar à volta deste argumento”, considera ainda o bispo de Uíge.

Os bispos conhecem esta quinta-feira o relatório final do sínodo que deverá depois ser analisado, discutido e votado.

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