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Jovens missionários encontram-se em “Missão AmarTe”

23 out, 2015 - 17:54 • Ângela Roque

Há cada vez mais jovens que optam por fazer missão, em Portugal e no estrangeiro. Outros ainda não foram mas têm esse sonho. No sábado encontram-se todos em Cascais para partilhar experiências e aprender.

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Mais de uma centena de jovens de várias paróquias e movimentos missionários da diocese de Lisboa juntam-se este sábado num encontro para quem já fez e para quem sonha ainda partir em missão.

Partilhar experiências e dar a conhecer os vários projectos de missão que existem é o objectivo da iniciativa “AmarTe” que vai reunir uma centena de participantes.

"É importante darmo-nos a conhecer uns aos outros, não só a experiência missionária, mas também os vários grupos e possibilidades que existem. A ideia é ser uma actividade aberta aos jovens de qualquer movimento e não termos uma actividade de uma paróquia em particular, mas unir as forças que existem, de jovens, na nossa diocese. Juntarmo-nos todos porque, no fundo, nós estamos todos a trabalhar para o mesmo", diz Maria Ribeiro, do movimento de Shöenstatt.

O encontro vai incluir uma parte de formação e oração, e outra mais prática, já de missão no terreno. A oração é crucial, explica a organizadora: “Para fazer missão é essencial termos uma boa preparação antes. Até porque há jovens que nunca fizeram missão, por isso temos esta parte de formação. Nós estamos em contacto com pessoas, e é preciso ter um bocadinho de sensibilidade, saber como as coisas se fazem. Então, vamos ter essa componente muito forte de oração e formação. E depois da parte da tarde temos a missão propriamente dita, de trabalho comunitário, visita a casas e animação de rua, e uma componente de oração. Porque existem vários tipos de missão e nem toda a gente se sente confortável com qualquer um”.

Maria Ribeiro, de 27 anos, já participou numa missão na Guiné Bissau, num projecto do movimento de Shöenstatt. E sente que há cada vez mais jovens a quer seguir esse caminho.

“Acho que existe essa sede, essa vontade, e existe este querer responder ao apelo do Papa de sermos uma Igreja em saída. Queremos ser uma Igreja alegre e que vá ao encontro do outro, que não nos fechemos em nós, e acho que estamos cada vez mais a ter essa consciência da importância que tem ir para fora. E ir para fora é muitas vezes ir para fora de nós próprios, não é necessariamente ir para fora de Portugal, mas dar este passo de ir ao encontro do outro, da necessidade dos que nos estão mais próximos e contribuir para uma sociedade melhor.”

Maria sublinha ainda que partir em missão nem sempre implica sair de onde se está: “É uma coisa que ouvimos imensas vezes, porque é que vamos para tão longe e para fora se há tanto trabalho para fazer cá dentro? E isto também é mostrar que as pessoas que vão para fora também trabalham cá dentro, porque muitos antes de irem para fora já estão a fazer missão cá”.

A missão “AmarTe” vai decorrer em Alvide, Cascais e conta com a presença de jovens de vários movimentos da diocese de Lisboa, como os Jovens sem Fronteiras, Shöenstatt, Servus Mariae, Caminho Neocatecumenal ou Equipa d’África.

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