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Patriarca. Eutanásia é fracturante “porque nos fractura uns dos outros”

22 fev, 2016 - 14:03

D. Manuel Clemente recorda que a família é “a escola onde aprendemos a viver uns com os outros” pelo que o Estado tem obrigação de a proteger e favorecer na legislação.

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Os casos de pessoas que dizem que não querem viver mais servem para apelar a um maior compromisso pela vida e não na desistência dela, diz o patriarca de Lisboa.

Instado mais uma vez a comentar o debate sobre a eutanásia, que surgiu com força na sociedade portuguesa nas últimas semanas, D. Manuel Clemente diz que estas são questões fracturantes porque “nos fracturam uns dos outros”. “Uma pessoa, por circunstâncias da sua vida, da sua doença, da sua depressão ou do seu isolamento, não tem vontade de viver. Uma maneira de nos fracturarmos dessa pessoa é dizer está bem, não queres viver então não vivas", disse.

“Eu vejo sobretudo essas situações como apelo a mais convivência, presença e cuidados e portanto a comprometermo-nos mais uns com os outros no sentido da vida e não no sentido da desistência dela”, conclui o patriarca.

Nestas declarações, feitas à margem do V Congresso de Jurisprudentes de Língua Portuguesa sobre a Família, que decorre esta segunda-feira em Lisboa, o cardeal aproveitou ainda para dizer que há muito a fazer neste campo, a nível legislativo.

“Se entendemos – e não é preciso ser cristão para o entender – que a base da sociabilidade e a escola onde aprendemos a viver uns com os outros e uns para os outros é por excelência a família e a casa de cada um, então é bom que o Estado, enquanto primeiro órgão do bem comum, e a legislação favoreçam a estabilidade e a viabilidade dos núcleos familiares alargados entre várias gerações.”

“Isso tem a ver com habitação, com trabalho, com todos os recursos necessários para que a tal sociabilidade aconteça na família e a partir da família”, considera.

D. Manuel Clemente sublinhou também que a proposta cristã da família é a mesma há dois mil anos e não muda com as alterações legislativas.

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  • fanã
    26 fev, 2016 aveiro 19:16
    E não só este caso......mais fracturante é a miséria em que estamos
  • fanã
    26 fev, 2016 aveiro 19:16
    E não só este caso......mais fracturante é a miséria em que estamos
  • João Lopes
    22 fev, 2016 Viseu 16:12
    «Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade»: palavras perenes e sábias de João Paulo II.
  • Zépovinho
    22 fev, 2016 Vê-se que não sabes o que dizes!!! 15:27
    Vê-se que não sabes o que dizes, 1º estuda, lê
  • Maria Caldeira
    22 fev, 2016 Lisboa 15:12
    Não considero os Países, que já aprovaram a eutanásia, menos católicos do que nós. Sou livre de optar e escolher o caminho a seguir na vida e na sociedade! Porquê definhar e vegetar numa cama em nome da moral, que não existe?
  • 22 fev, 2016 LISBOA 14:17
    A IGREJA QUANDO QUEIMOU VIVOS CIENTISTAS, QUEIMOU LIVROS QUE TUDO JUNTO ATRAZOU A CIENCIA EM MILHARES DE ANOS NÃO FEZ EUTANÁSIA?? PARA NÃO FALAR DE PEDÓFILIA, DOS POVOS QUE DIZIMOU EM NOME DO CRISTIANISMO, DE ESTAR SEMPRE, MAS SEMPRE AO LADO DE DITADURAS, AO LADO DOS PODEROSOS. VEM AGORA COM ESTA CANTIGA???

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