01 mar, 2016 - 21:20 • Liliana Carona
O autor do livro “Catedrais de Portugal” lamenta que o programa Rota das Catedrais “tenha parado”.
Na apresentação da obra, que revela o património religioso de 27 templos, António Saraiva convida os portugueses a visitar os monumentos que são alma e coração de cada uma das dioceses do país.
Arquitecto há três décadas e natural da Guarda, António Saraiva demorou três anos a escrever o livro que é um desafio à visita das 27 catedrais do país, ilhas incluídas.
“O livro pretende desafiar as pessoas a que percorram e visitem estas catedrais, que vejam como foram implantadas, porque estão viradas com o altar para nascente, ao contrário das igrejas. Terá para ter sido ficar virada para o mar, como acontece nos Açores?”, deixa a pergunta no ar o autor da mais recente obra editada pelos CTT.
No lançamento do livro, que teve lugar na Sé da Guarda, António Saraiva lamentou que o programa do Governo tenha parado. “Só é pena é que tenha parado, espero que o Governo dê seguimento a essa rota, porque pode ser um forte contributo para o desenvolvimento económico do nosso país.”
O arquitecto, de 54 anos, considera que o programa está parado porque o actual Governo ainda não anunciou a continuação das obras da Rota das Catedrais, que estavam previstas.
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, acredita que o programa Rota das Catedrais, acordado entre a Secretaria de Estado da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa é para continuar.
“A Rota das Catedrais não parou, enfraqueceu, mas os nossos governantes ainda vão relançá-la. Nós aqui, na Guarda, temos uma parte por cumprir, o órgão de tubos, que está já acordado com as autoridades, em mais de 400 mil euros”, explicou o prelado diocesano.
Da mais antiga catedral, a de Idanha-a-Velha, à mais recente, a Sé Nova de Bragança, esta edição limitada dos CTT toma por base a emissão filatélica Rota das Catedrais e pode ser adquirida por 37 euros.