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Papa não altera normas para católicos recasados, diz patriarca

08 abr, 2016 - 17:52 • Aura Miguel

D. Manuel Clemente comenta a exortação sobre família: “Dentro do catálogo de assuntos a resolver e de ver no que é que eles [os recasados] podem participar mais, não vem o sacramental".

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Papa não altera normas para católicos recasados, diz cardeal patriarca
Papa não altera normas para católicos recasados, diz cardeal patriarca

A exortação apostólica do Papa não altera as normas da Igreja em relação aos católicos recasados, que actualmente não se podem confessar nem comungar, afirma o cardeal patriarca de Lisboa.

D. Manuel Clemente, que falava esta sexta-feira num encontro com os jornalistas dedicado à exortação “A Alegria do Amor”, sublinha que Francisco apela aos bispos para reforçarem o discernimento, porque nem todos os casos são iguais.

“O Papa diz: ‘Eu não vou adiantar norma nenhuma em relação a estas situações, eu quero é que tenhamos todos, ainda mais, um outro olhar’, um olhar de discernimento, de perceber que as situações não são iguais, que em termos de responsabilidade também não e que as pessoas devem ser atendidas na particularidade de cada caso.”

Sobre o facto de o documento não se referir directamente ao acesso dos recasados aos sacramentos, o cardeal patriarca de Lisboa afirma que “nestas matérias tão importante é o que se diz como o que não se diz”.

“Dentro do catálogo de assuntos a resolver e de ver no que é que eles [os recasados] podem participar mais, não vem o sacramental, práticas no âmbito litúrgico, pastoral, educativo e institucional. Não vem o sacramental. Por isso é que eu disse que a ausência da palavra 'sacramental' é muito reveladora”, afirma D. Manuel Clemente.

O patriarca faz votos para que, num próximo futuro, os bispos recebam indicações concretas do Papa para pôr em prática a exortação apostólica “A Alegria do Amor”, documento com as orientações que Francisco pretende dar à Igreja sobre a família e o casamento.

Para D. Manuel Clemente, esta exortação é um belo compêndio com importantes referências ao ensinamento da Igreja sobre a família e que reflecte bem as preocupações do Papa e dos padres sinodais.

Comentários
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  • José de moura Braga
    12 abr, 2016 Vila do Porto 19:39
    Achei que devia lembrar outras palavras de Jesus. " se te baterem na face oferece a outra", "perdoar setenta vezes sete" que quer dizer sempre.
  • Paulo Areias
    10 abr, 2016 Alemanha 06:06
    o Filho pródigo voltou para casa, não por estar arrependido, mas porque sentiu fome.. em casa do Pai havia abundância de comida, e os trabalhadores eram tratados com carinho.
  • Luis
    09 abr, 2016 Lisboa 16:20
    Neste País há muita gente a pensar que os Portugueses são todos burros. Quando o Cavaco falava vinha depois sempre uma serie de tradutores a explicar o que o Cavaco tinha dito. Pelos vistos agora com o Santo Padre a treta é a mesma.
  • António Baptista
    09 abr, 2016 Lisboa 09:34
    O filho pródigo voltou porque se arrependeu, quiz mudar de vida, percebeu que era melhor estar na casa do pai como servo do que viver com os porcos. No caso da prostituta Jesus foi claro dizendo :"vai e não tornes a pecar" Convém também lembrar o que Jesus disse a Pedro" a quem perdoares os pecados serão perdoados e a quem não perdoares não serão perdoados" . Santo Padre pretende simplesmente ver-nos mais unidos e mais tolerantes, tal como explica D. Manuel
  • Carlos Gonçalves
    08 abr, 2016 Seixal 21:47
    Pois, pois, cada um interpreta da forma que quer. É caso para se dizer que este senhor "é mais papista do que o papa"... Com pessoas assim como é que Portugal há de sair da cepa torta??
  • David
    08 abr, 2016 Carcavelos 20:01
    "Tomai, todos, e comei: isto é o meu Corpo que será entregue por vós". "Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim". "Tomai TODOS"... Quer dizer, segundo a Igreja Católica, estes TODOS são, na verdade, apenas alguns... Esta "Alegria do Amor" é mais do mesmo... nada mudou.
  • José de Moura Braga
    08 abr, 2016 Vila do Porto 19:53
    É pena que ainda haja mais vontade em julgar do que perdoar. Apesar do Papa ser um Homem de misericórdia, ainda se nota muita resistência em alguns responsáveis pela nossa Igreja! Jesus não veio julgar mas AMAR. Onde se enquadra a parábola do Bom Pastor, do filho Pródigo, da Prostituta......Os"chefes" da nossa Igreja gostam mais de serem juízes do que o Pai do filho Pródigo.

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