28 abr, 2016 - 16:32
O Banco do Vaticano sinalizou 540 transacções suspeitas durante o ano de 2015.
Os números foram divulgados pela Autoridade de Informação Financeira (AIF), um organismo criado por Bento XVI para ajudar a limpar a imagem e os procedimentos do Instituto das Obras Religiosas, conhecido informalmente como Banco do Vaticano.
A quantidade de transacções sinalizadas representa um grande aumento em relação aos anos anteriores. Em 2014 foram sinalizadas apenas 147 e em 2013 foram 202.
Apesar de o número ser elevado, apenas 17 situações foram reencaminhadas para as autoridades judiciárias da Santa Sé, que têm jurisdição para agir. Destas, oito – no valor de mais de 10 milhões de euros – acabaram suspensas e um total de dez contas foram congeladas, no valor de oito milhões de euros.
A discrepância entre o número de situações sinalizadas e aquelas em que de facto houve provas de irregularidade é explicada pelo presidente da AIF, René Brülhart, como consequência do apertar dos critérios de segurança, o que foi feito propositadamente para “mudar mentalidades”.