20 jun, 2016 - 22:09
O ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, afirmou esta segunda-feira em Fátima, Ourém, que o Governo vai dar “todo o apoio necessário” para que as comemorações do centenário das “aparições” de Fátima tenham “o maior brilho possível”.
O ministro-adjunto referiu que o Governo vai, conjuntamente “com a autarquia, mas também com as instituições da Igreja, dar todo o apoio necessário” para que “as comemorações possam ter o maior brilho possível”.
O Executivo tem vindo a trabalhar “naquilo que é necessário” em diferentes áreas, como as acessibilidades, a segurança e “a qualidade dos serviços disponíveis para todos aqueles que visitam Fátima”, disse à agência Lusa Eduardo Cabrita, escusando-se a adiantar pormenores.
A dimensão “do bom acolhimento que todos devem ter em Fátima”, bem como a segurança e a afirmação “da dimensão cultural e do impacto para o país” deste fenómeno não podem ser questões votadas à indiferença por parte do Governo, realçou o ministro, durante o seu discurso na cerimónia, que decorreu na igreja matriz da freguesia de Fátima, concelho de Ourém.
“Trabalharemos em conjunto, trabalharemos de braço dado com o senhor bispo, com o reitor [do Santuário] e com a autarquia naquilo que são as competências próprias de cada quadro institucional referido”, salientou Eduardo Cabrita, avançando que o Governo está a trabalhar “em vários projectos de desenvolvimento” no concelho.
No decorrer da cerimónia, o presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca, sublinhou que será necessário um envolvimento do Governo para se encontrarem “caminhos e soluções”.
O autarca recordou que em 2015 passaram por Fátima 6,7 milhões de visitantes, sendo que em 2008 passaram 4,2 milhões, considerando que a visibilidade mundial desta freguesia “é única”.
“Para o ano, Fátima acolherá oito milhões de visitantes. Não o podemos fazer sozinhos”, constatou o presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva, notando que não é possível “reclamar turismo de qualidade” com vias de acesso “em estado lastimoso”.
Humberto Silva defendeu que é fundamental “uma forte parceria do Estado”, reclamando melhores condições para quem se desloca a pé, com “passeios e bermas largas”, de modo a que a peregrinação até Fátima “não seja uma aventura”.
Ao contrário de anos anteriores, em que o Dia do Município de Ourém era assinalado na sede do município, este ano a sessão decorreu em Fátima, marcando o início das comemorações do centenário das aparições.
Na cerimónia, foi entregue a Medalha de Ouro ao povo de Fátima, recebida pelo presidente da Junta de Freguesia.
Em cem anos, o povo transformou aquilo que era “uma aldeia da Serra de Aire na cidade [portuguesa] mais visível no mundo, mais visível até do que a própria marca Portugal”, salientou o presidente da Câmara, Paulo Fonseca.