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Patriarca inaugura pintura do tecto da igreja de Santa Isabel, em Lisboa

11 jul, 2016 - 19:55

O projecto de reabilitação do tecto do templo surgiu em 2013, a partir de um convite do prior José Manuel Pereira de Almeida ao artista Michael Biberstein, que faleceu nesse mesmo ano.

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A pintura do tecto da igreja de Santa Isabel, em Lisboa, vai ser inaugurada oficialmente no dia 19, pelas 17h30, numa celebração presidida pelo cardeal patriarca, D. Manuel Clemente, anunciou esta segunda-feira o secretariado dos Bens Culturais da Igreja Católica.

O novo tecto da igreja paroquial, edificada por volta de 1741, insere-se no projecto “Um Céu para Santa Isabel”, que contou com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), em 222 mil euros.

O projecto de reabilitação do tecto do templo surgiu em 2013, a partir de um convite do prior José Manuel Pereira de Almeida ao artista Michael Biberstein, que faleceu nesse mesmo ano.

“A equipa do projecto foi alargada e passou a contar com a participação do artista Julião Sarmento, do curador Delfim Sardo, da Galeria Jeanne Bucher-Jaeger de Paris, e da Factum Art Foundation, a quem coube a execução da pintura”, esclarece o secretariado católico.

Em paralelo com a abertura ao público da Igreja de Santa Isabel, e do respectivo tecto pintado, o Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, inaugura, em colaboração com a Galeria Jeanne Bucher Jaeger, uma mostra intitulada “Estudos para um Céu”, com os trabalhos preparatórios do artista.

A exposição, que é inaugurada no dia 16 e fica patente ao público até 11 de Setembro, de acordo com a galeria francesa, reúne obras inéditas e a maquete do interior da igreja, à escala 1:75, executada pelo atelier Appleton e Domingos Arquitectos.

O protocolo entre a SCML e a paróquia de Santa Isabel, para a reabilitação do teto, foi assinado em Junho do ano passado, respectivamente pelo provedor Pedro Santana Lopes e pelo prior José Manuel Pereira de Almeida.

A SCML afirma, no seu sítio na internet, que, desde 2011, “já investiu cerca de dois milhões de euros na recuperação de igrejas”, em Lisboa, designadamente a da Conceição Velha, à rua da Alfândega, e a capela de São Roque, no Arsenal, que foi sede da Irmandade dos Carpinteiros de Machado, e é actualmente propriedade da Marinha, “estando também prevista a recuperação da Igreja da Graça”.

A igreja de Santa Isabel, na rua Saraiva de Carvalho, de planta longitudinal – nave e capela-mor – é de traça barroca, com elementos posteriores do neoclassicismo, e teve uma intervenção no século XX, da responsabilidade dos arquitectos António Ferreira Leal e Diogo Lino Pimentel.

No seu interior encontram-se pinturas de Bernardo Foix, Bruno José do Vale, Domingos Rosa, Joaquim Manuel da Rocha e Roque Vicente.

Este ano comemoram-se os 500 anos da beatificação da rainha, que foi mulher de D. Dinis.

Isabel de Aragão (1271-1336) casou-se aos 12 anos com o rei D. Dinis, e a tradição popular atribui-lhe, entre outros, o milagre das rosas, em que transformou em rosas o pão que trazia no regaço, para dar aos pobres. Isabel tentou várias vezes pacificar guerras no reino, entre pai e filho, e, quando enviuvou, retirou-se para o Convento das Clarissas, em Coimbra.

Isabel foi beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e canonizada em 1624 por Urbano VIII.

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  • ADISAN
    19 jul, 2016 Mealhada 13:00
    É maravilhoso que ainda haja jornalistas de bom censo que ainda escrevem em português a palavra teCto, ao contrário de outros que, há dias, escreviam que o nosso Presidente da República andou a admirar os tetos de Roma antes de se encontrar com o Papa. Que tetos ele andou a admirar, não ficámos nós absolutamente nada esclarecidos, mas, como não somos assim tão maldosos, sempre fomos fazendo ideia de que foram tectos o que nosso Presidente andou a admirar!

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