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​Papa quebra silêncio em Auschwitz com palavras escritas. “Perdão por tanta crueldade”

29 jul, 2016 - 11:40 • Agência Ecclesia

Francisco esteve com sobreviventes do Holocausto, acendeu uma vela e entrou e saiu sozinho a pé, passando pelo portão com a inscrição "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta).

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O Papa Francisco visitou esta sexta-feira os antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Bikernau, na Polónia, numa homenagem silenciosa que durou cerca de hora e meia. As únicas palavras foram deixadas em espanhol, por escrito, no livro do Museu de Auschwitz: "Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade".

Francisco atravessou sozinho o portão de Auschwitz, com a inscrição "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta) colocada pelos nazis durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

O Papa optou por sentar-se em silêncio, durante largos minutos, antes de beijar um dos postes de madeira onde os prisioneiros eram executados.

O percurso seguiu para junto ao chamado “muro da morte”, no Bloco 11, no qual Francisco cumprimentou sobreviventes do Holocausto, acompanhado pelo primeiro-ministro polaco, Beata Szydlo.

Um dos sobreviventes ofereceu ao Papa uma vela, que a colocou junto ao muro, onde se inclinou, apoiado numa mão, e deixou como presente pessoal uma lamparina de bronze.

Francisco dirigiu-se em seguida, de forma privada, ao 'bunker da fome', dentro cela de São Maximiliano Kolbe - o religioso que ofereceu a sua vida em troca pela de outro prisioneiro, precisamente 75 anos depois da sua condenação à morte.

O pontífice argentino rezou durante vários minutos, em silêncio, na escuridão da cela de São Maximiliano Kolbe.

Francisco optou depois por sair de Auschwitz, a pé, passando de novo sozinho pelo portão antes se seguir em carro para Bikernau, campo em que percorreu a pé, com a mão direita sobre o peito, o monumento internacional às vítimas do campo, 23 lápides comemorativas nas línguas dos que foram assassinados.

O pontífice voltou a rezar em silêncio e a depositar um candeeiro junto às lápides, tendo ouvido o Rabino-Chefe da Polónia, Michael Schudrich, proclamar o salmo 130 em hebraico, o qual foi repetido em polaco pelo padre Stanislaw Ruszala.

O Papa encontrou-se ainda com um grupo ‘justos entre as nações’ - pessoas que ajudaram judeus a fugir do regime nazi.

O antigo campo de concentração nazi de Auschwitz tem sido destino de milhares de jovens católicos que se deslocaram à Polónia para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016, em Cracóvia.

O campo começou a funcionar em 1940 e terminou em 1945, com a chegada das tropas soviéticas, estimando-se que tenham morrido 1,3 milhões de pessoas, sobretudo judeus, ciganos, russos, presos políticos e polacos.

Uma das salas conserva ainda duas toneladas de cabelos humanos. Foi também neste campo que foram usadas pela primeira vez as câmaras de gás.

Comentários
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  • orabem
    29 jul, 2016 dequalquerlado 15:28
    Eu não preciso que vocês ponham o que estou a perguntar... Cada vez gosto menos destes espaço
  • orabem
    29 jul, 2016 dequalquerlado 15:14
    Então o meu comentário, foi para o boneco?
  • Álavro de Jesus
    29 jul, 2016 Porto 13:45
    Prezado Senhor SOLDIER, a parte final de seu comentário não é Crístico. O Cristo, de Sua CRUZ, perdoou a todos, deixando dito para perdoarmos 70 x 7 vezes, ou seja, sempre. Ame sempre e promova Amor, e o resto, nesse Amor, acontecerá, na LUZ!
  • Álvaro de Jesus
    29 jul, 2016 Porto 13:40
    Sim! Temos, todos, de pedir Perdão por tanta crueldade, pois o que se passou em Auschwitz e Bikernau, na Polónia, foram casos muito graves, onde o ódio venceu, barbaramente, o Amor deixado pelo Senhor Jesus... Mas, houve outros casos onde as fogueiras imperaram, promovendo muita DOR e morte a uma humanidade carente de Ensino Espiritual. DEUS foi sempre deitado pró lado... e Jesus, o grande esquecido... Tudo isso deve fazer-nos repensar o que desejamos Ser, verdadeiramente, e com quem!? O Cristo deixou dito: - "Só pelo Amor será salvo o homem." Então, em qualquer circunstância ou situação, jamais devemos Ser outra coisa que não seja AMOR. O CAMINHO está a ser reconstruído. Que a Nova Era e a Nova Terra possam ajudar-nos a compreender porquê! Se JESUS, o CRISTO, é o Caminho, a Verdade e a Vida, para termos Verdade e Vida, teremos de passar por esse Novo Caminho. Assim é.
  • Soldier
    29 jul, 2016 Carrazeda 12:22
    É por isto que na primeira arma fabricada em dimona está escrito "holocausto nunca mais". Ainda sentimos o cheiro a carne queimada de Auschwitz. Da próxima vez levamo-los conosco.

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