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Reconquista de Mossul. Há perigo de gerar um “Daesh 2.0”

21 out, 2016 - 10:56 • Agência Ecclesia

Irmã responsável pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados no Curdistão iraquiano diz que ofensiva pode provocar um milhão de deslocados.

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A religiosa Irene Guia, responsável pelos projectos do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) no distrito de Dohuk, Curdistão iraquiano, disse que o fim do autodenominado Estado Islâmico (ou Daesh) não deve levar a um “Daesh 2.0”.

“A maneira como isto for feito vai provocar ou não um Daesh 2.0. Este que conhecemos tem os dias contados, dizem aqui”, referiu a irmã Irene Guia à Agência Ecclesia.

“Qualquer solução que derive do medo, provoca violência e agressão e essa é uma decisão erradíssima”, alertou alguns dias após o início da tomada de Mossul pelas tropas do Curdistão Iraquiano e do Iraque, através de uma aliança inédita.

Nestas declarações, a partir de Dohuk, Irene Guia disse acreditar que o povo que hoje está a ser alvo de guerras e de extermínios, vai “renascer das cinzas”, lembrando que esta a cultura mais antiga à face da terra.

A irmã Irene Guia disse, a partir do Curdistão Iraquiano, que a conquista de Mossul vai ser demorada e pode provocar até um milhão de novos deslocados na região.

“Os campos que estão preparados de longe chegam para acolher as populações que se pensa que venham fugir”, referiu.

Os projectos do JRS coordenados pela religiosa no distrito de Dohuk, tem dois objectivos: “a cura e construção do futuro”.

Para a Irmã Irene Guia, não bastam “cuidados paliativos”, mas é necessário “dar esperança” a todos os povos da região e “promover a preparação para um futuro melhor” porque a maioria “quer regressar a casa”.

Comentários
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  • tango.down.daesh
    22 out, 2016 syria 21:39
    Por esses motivos os Russos querem eliminar o daesh da face da terra. Não há hipótese, deixar-los irem para outro lado é mover o problema à nivel geográfico. O iraque não os quer e mata se tentam entrar pela fronteira. Nem se atrevem a ir para a Turquia. Vão para a Líbia? Vão-se aproveitar da instabilidade política criada desde que mataram o Kadafi? A ONU já discute isso mesmo, quando putin desde o ano passado vem com essa retórica, temos de perceber que o Daesh só se colocou nessa posição porque quis, na sua "crença" de mercenários. Num mundo que tenta, de má forma encontrar paz, não pode tolerar mercenários (ironicamente suportado por "nós"). E disso fizemos desculpas para barricar refugiados em campos, como se fossem campos de concentração da época Nazi, lamentavelmente é o que me faz recordar...... Um mundo caótico que vive arranjando desculpas para não mudar.......

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