23 out, 2016 - 12:05
É de lágrimas nos olhos e sem palavras que o Papa recebe as notícias relativas ao sofrimento de civis inocentes no Iraque.
Falando no final da oração do Ângelus, em Roma, o Papa recordou a situação daquele país e deu garantias da sua solidariedade.
“Nestas horas dramáticas, estou próximo de toda a população do Iraque, em particular pela e Mossul. Os nossos ânimos estão abalados pelos ferozes actos de violência que há demasiado tempo se estão a cometer contra cidadãos inocentes, sejam muçulmanos, sejam cristãos, sejam de outras etnias e religiões.”
“Doeu-me muito saber a notícia da morte, a sangue frio, de numerosos filhos daquela amada nação, incluindo muitas crianças. Estas notícias levam-nos às lágrimas e deixam-nos sem palavras”, garantiu Francisco.
“Além das minhas palavras de solidariedade, asseguro que vos recordo na oração, para que o Iraque, apesar de duramente atingido, seja forte e firme na esperança de poder avançar para um futuro de segurança, de reconciliação e de paz”, disse, pedindo aos presentes que o acompanhassem nuns momentos de silêncio, a que se seguiu a recitação da Avé Maria.
Já antes da recitação do Ângelus, Francisco aproveitou para falar da importância da missão e dos missionários, a propósito da Jornada Mundial Missionária, que este domingo se assinala.
A missão é urgente e pede coragem, diz Francisco, embora esta nem sempre seja sinónimo de sucesso.
“Hoje é tempo de missão e é tempo de coragem! Coragem de reforçar os passos vacilantes, de recuperar o gosto de se gastar pelo Evangelho, de recuperar a confiança na força que a missão contém. É tempo de coragem, embora coragem não signifique garantia de sucesso.”
“Pede-se-nos coragem para lutar, não necessariamente para vencer; para anunciar, não necessariamente para converter. Pede-se-nos coragem para ser alternativa ao mundo, mas sem sermos fonte de polémica ou agressivos. Pede-se-nos coragem para nos abrirmos a todos, sem porém depreciar a unicidade de Cristo, único salvador de todos. Pede-se-nos coragem para resistir à incredulidade, sem nos tornarmos arrogantes”, concluiu Francisco.