08 nov, 2016 - 04:12
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A confirmar-se que a visita do Papa a Portugal começa a 12 de Maio de 2017, será cumprido um desejo dos portugueses, afirma o Presidente da República em declarações exclusivas à Renascença.
O Papa Francisco disse, esta segunda-feira, a uma religiosa portuguesa, em Roma, que estará em Fátima no dia 12 de Maio, para a Procissão das Velas. A informação foi avançada pela irmã Júlia Bacelar Gonçalves, da Congregação das Irmãs Adoradoras que participa, em Roma, no encontro mundial da rede de religiosos, mas ainda não foi confirmada oficialmente pelo Vaticano.
Como é que o senhor Presidente da República recebe esta notícia?
Eu reajo com uma grande alegria. A confirmar-se, corresponde a um desejo manifestado, quer directamente a Sua Santidade, quer ao secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, quando esteve cá, que era que não perdesse a procissão das velas, no dia 12, o que implicava vir no dia 12 e sair dia 13 à tarde. Por outro lado, na medida do possível, que viesse a Lisboa e depois iria de helicóptero de Lisboa para Fátima.
Que modalidade o senhor Presidente mais deseja para a visita do Papa a Portugal?
O que eu mais desejava era o Papa partir ao começo da tarde de Roma, ganha uma hora, encurta a viagem. Chegaria a Lisboa, depois se veria exactamente onde em Lisboa poderia ir. Há várias hipóteses que vão ao encontro da vocação de Sua Santidade, como é o caso, por exemplo, dos refugiados, de um bairro social, de uma zona multicultural e ecuménica.
E há várias junto ao aeroporto, que lhe permitiria estar, intervir e depois, apanhando um helicóptero, seguir para Monte Real, que é uma base aérea próxima de Fátima, ou mesmo directamente para Fátima, chegando a tempo de jantar e de assistir à Procissão das Velas. É bem mais repousante do que o programa de que se falava inicialmente, que era sair de Roma de madrugada, para ir para Monte Real e depois para Fátima. Perderia a Procissão das Velas e chegaria mesmo em cima da celebração do dia 13.
Para Portugal é um grande benefício.
É evidente que é um momento único. E embora o Papa queira vir a Fátima e não seja propriamente uma visita a um Estado, mas também é óbvio que Fátima fica em Portugal e, para Portugal e para todos os portugueses, é uma alegria única.